Capítulo 22

– E então, o que aconteceu com eles ? – Desmond o questiona ao vê-lo sair do banho.

– Conseguimos prender alguns, mas a maioria fugiu. – Ambrose o responde enquanto enxuga seus cabelos.

– Não se preocupe com isso. Deveria focar apenas em cuidar de si mesmo. – ele se senta na cama ao seu lado e acaricia seus cabelos.

– Só não quero que isso se torne um grande problema…

– Não vai. Prometo.

– Certo. – Desmond suspira.

– Como se sente ? – Ambrose o questiona preocupado.

– Bem, só um pouco cansado.

– Quer uma massagem ? Pode te ajudar a relaxar.

– Claro, seria ótimo!

– Certo… – Ambrose deixa sua toalha sobre a cama e em seguida começa a massagear o pé de direito de Desmond, que está um pouco inchado por causa da gravidez.

– É bom ? – ele o questiona enquanto seus dedos pressionam suavemente a sola de seu pé.

– Me sinto bem… isso é realmente bom! – Desmond murmura e o mantém os olhos fixos em suas mãos, que são grandes e habilidosas.

– Ótimo. – ele ri e continua massageando seu pé. Se sentia satisfeito ao vê-lo relaxado.

– Use um pouco mais de força… – Desmond murmura novamente, sentindo seu corpo inquieto.

– Aqui ? – Ambrose pressiona próximo ao dedão.

– Sim… ah! – ele inclina sua cabeça para trás e arfa. Por algum motivo seu toque o deixou excitado.

– Se eu fizer isso, se sente bem ? – o Rei beija a sola de seu pé e alterna entre mordiscar e lamber o local.

– Sim… – Desmond sussurra com o rosto corado e a respiração ofegante. Sua provocação havia dado certo.

– Que bom. – Ambrose sorri e desliza a mão por sua perna, indo em direção a sua coxa.

– Essa tatuagem… – ele sussurra e logo seu rosto avança em direção a coxa de Desmond. Ambrose beija a parte interna dela enquanto a segura com força.

– Gosta dela ? Fiz quando tinha dezoito. – Desmond sorri ao vê-lo excitado e acaricia seus cabelos brancos e ondulados enquanto o Rei se delicia com o cheiro de sua pele pálida e macia.

– É lindo. Combina com você!

– Agora chega de elogios. Estou ficando impaciente! – Desmond abre seu robe, revelando seu corpo e sua ereção. Ele afasta suas pernas e usa seu pé esquerdo para tocar a ereção de Ambrose, que parece estar lutando para sair.

– Não quero te machucar… – ele recua e segura seu tornozelo, mantendo seu pé atrevido longe de seu corpo. Apesar de deseja-lo mais do que qualquer coisa, Ambrose ainda está pensativo sobre a marca em seu ombro e mesmo sem ter esse direito, havia se tornado mesquinho quando se tratava de sua Rainha. Para ele, imaginar que outro lobo o havia tocado e deixado uma marca em sua pele o deixava louco.

– Eu estou bem, okay ? – Desmond se aproxima e envolve os braços ao redor de seu pescoço, mantendo seu rosto próximo ao dele.

– Eu sei… – Ambrose sussurra, mas toda a sua atenção está naquela marca.

– Está curioso ? – ele o questiona ao notar que o Rei parecia interessado.

– Um pouco.

– Quer saber quem fez isso ? – Desmond sussurra e tira seu robe, em seguida suas mãos avançam até a calça de Ambrose e começam a acariciar seu pau por cima do tecido de seu pijama.

– Não… – ele murmura hesitante. Estava a ponto de perder o controle.

– Quem fez isso foi o…

– Não fale sobre outro homem para mim! – Ambrose segura seus pulsos com força e o encara com um olhar furioso.

– Está com ciúmes ? – Desmond ri, alto e forte, ao ponto de fazer sua barriga doer.

– Não me provoque, Desmond! – ele segura seu queixo e o puxa para mais perto.

– Não pense em ninguém além de mim…

– Não estou pensando, só queria brincar um pouco!

– Brincar ? – Ambrose ergue uma de suas sobrancelhas.

– Você não reconhece as marcas que deixa ? O quão louco eu te deixei naquela noite para que você se esquecesse do que fez ? – ele o provoca e lhe mostra um sorriso astuto.

– Merda, você…! – Ambrose resmunga envergonhado.

– Pode me tocar agora ? Não vou conseguir dormir sem gozar… – Desmond sussurra em um tom cheio de necessidade. No mesmo instante, Ambrose o recosta sobre a cama e se inclina sobre o seu corpo.

– Então me deixe ouvir você gemer!

– Sim…
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Ambrose abre seus olhos lentamente e se senta na cama. Ele boceja e ainda está tentando despertar quando algo avança em sua direção, o assustando.

– Ah! Você acordou! – Desmond fala animado.

– Desmond, o que foi ? Por que está acordado tão cedo ?

– Eu tive um sonho super estranho e agora não consigo parar de ter ideias!

– O quê ? Do que está… – o Rei murmura confuso.

– Vamos, levante! Eu preciso te contar! – ele o puxa pelo antebraço, mas Ambrose não se move.

– Espera, eu preciso de uns cinco minutos…

– Não! Eu preciso falar agora! – Desmond revira os olhos.

– Okay, tudo bem. Vem, senta aqui. – ele suspira e dá batidinhas no colchão. Desmond se senta ao seu lado e seus olhos brilham de tanta empolgação.

– Eu sonhei que estava em um campo de plantações e alguns lobos estavam usando maquinas para ajudar com o plantio. No começo não reconheci o local e nem mesmo as maquinas, mas logo me dei conta de que são equipamentos usados no mundo humano.

– Onde quer chegar com isso ?

– Nanber me disse que os agricultores e jardineiros estão com dificuldade de manter suas plantações. Então se tiverem máquinas e talvez um sistema de irrigação, podem voltar a plantar e nós não iriamos mais precisar comprar comida do mundo humano. Podemos usar a tecnologia deles!

– Digamos que isso dê certo e que compremos as máquinas. Como iriamos resolver a questão do solo ? Se Nanber lhe disse tudo, também deve ter dito que as plantações morreram por falta de chuvas e pelo solo infértil.

– Deixe isso comigo também. Tenho certeza de que posso fazer com que o solo volte a produzir! – Desmond fala confiante, apesar de que não sabe nada sobre agricultura.

– Desmond, isso… – Ambrose suspira e esfrega os olhos.

– Me deixa ajudar, okay ? Eu não quero ser um fardo…

– Você não é um fardo, Desmond. Mas está vendo a situação com um olhar muito simplista. As coisas não são como os contos de fadas, você entende isso ? – Ambrose segura seu rosto com as duas mãos e o encara, esperando que ele entenda em que situação está prestes a se meter.

– Eu entendo, mas se posso fazer algo, quero tentar… – ele murmura um pouco tristonho.

– Se conseguir convencer o conselho, tem meu apoio para fazer qualquer coisa. Okay ? – o Rei suspira e beija sua testa. Aquela carinha triste havia se tornado seu ponto fraco.

– Sério ? – Desmond o questiona animado.

– Sim! – ele ri.

– Obrigado, Ambrose!
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– Lyter, quero que acompanhe Desmond e Nanber até os campos de plantações do Distrito Rufinus.

– Tem certeza ? Sabe como eles são com humanos… – Lyter o questiona surpreso com seu pedido.

– Desmond não é apenas um humano, é um de nós.

– Tudo bem, eu o levarei até lá. Mas por que está me pedindo isso ?

– Ele está com uma ideia louca para tentar fazer com que a terra produza novamente. Não me lembro bem dos detalhes, mas Desmond está animado. – Ambrose suspira, mas acaba sorrindo ao se lembrar do quão feliz ele parecia pela manhã.

– Tem certeza de que quer deixar isso em suas mãos ?

– Sim, Desmond é muito dedicado e teimoso, vai fazer mesmo se eu disser que não. Além disso, vai ser bom para ele aprender mais sobre o país e sobre como governa-ló.

– Entendo, como desejar…