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O Lobo e a Lua

Capítulo 29

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– River, o que tem para mim ? – Desmond o questiona com um largo sorriso em seu rosto ao entrar na biblioteca do palácio.

– Desmond! – River que estava distraído revisando alguns documentos, fala alegre ao vê-lo após tanto tempo.

– É muito bom vê-lo! – o lobo estende sua mão, esperando cumprimentá-lo com um aperto de mãos, mas Desmond o puxa para um abraço apertado.

– É bom te ver também, River.

– Espero que tenha vindo para se juntar a mim no trabalho. Há muito o que fazer! – ele ri e aponta em direção a mesa, que está uma bagunça.

– E o que mais eu faria aqui ? Vamos trabalhar!

– Sim, senhora! – River se aproxima da mesa, puxa uma das cadeiras e indica o assento. Desmond ri, mas se senta e logo o trabalho começa, infelizmente os problemas se acumularam rapidamente enquanto vivia o seu luto. E após algumas longas horas revisando documentos, Desmond e River estão exaustos, mas longe de terminar.

– Por que há tanto trabalho ? Não fiquei tanto tempo longe! – Desmond bufa e revira os olhos. Odiava trabalhar.

– Eu também não sei! – River suspira e se recosta na cadeira.

– Sinto muito por ter largado tudo de repente. Eu deveria ter voltado antes…

– Não sinta, perdeu seu filhote. Todos nós entendemos, Desmond.

– Obrigado por cuidar de tudo, River.

– Não me agradeça ainda, estamos longe de terminar!

– Odeio ser a Rainha… – Desmond choraminga e esconde seu rosto entre os braços, River ri ao ouvi-ló, mas logo a pausa para o descanso acaba quando são interrompidos por um empregado do palácio.

– Senhora. – o homem se curva ao vê-lo.

– Sim ? – ele ergue a cabeça.

– O Sr. Connor, da Casa Martinus está aqui.

– Ah! Ele chegou! – River se levanta de repente.

– Peça para ele entrar, por favor.

– Sim… – ele se curva novamente e sai. Logo depois outro lobo entra, seu pelo castanho e sua altura chamam a atenção de Desmond, que não pode deixar de notar o ar de seriedade que ele exala.

– Lembra do meu amigo que está investigando a morte do trabalhador rural ? Este é o Connor.

– É um prazer finalmente conhecê-la, senhora… – o enorme lobo se curva, mas mantém seus olhos fixos em seu rosto. O encarando com um olhar feroz.

– Sim, é um prazer… – Desmond concorda com a cabeça e sorri. Podia ver através daquele lobo.

– Sente-se, disse que tinha novidades sobre o caso!

– Sim, apesar de todos os imprevistos, consegui coletar provas e levar a investigação adiante. – Connor se senta e abre sua pasta, tira alguns papéis de dentro dela e entrega a Desmond.

– E então, o que descobriu ? – ele ignora os papéis e o encara inexpressivo, tentando esconder sua ansiedade.

– Desconfio de que foi envenenado.

– Desconfia ? – Desmond ergue uma de suas sobrancelhas.

– Quando investiguei o corpo, não achei nada além do que já sabemos, que o lobo colapsou devido a exaustão e morreu. Mas quando falei com sua esposa ela me garantiu que ele era um lobo saudável e energético, que nunca o viu se queixar do trabalho no campo.

– Existe algum veneno que não pode ser detectado em Neverhand ? – River o questiona.

– Só um. Uma rosa que cresce em apenas dois Distritos e que só pode ser manejada por lobos com conhecimentos médicos, já que dependendo da dosagem, ela pode matar ou curar…

– Quais Distritos ? – Desmond o interrompe.

– Willbur e Otelo, senhora.

– Entendo… – ele esfrega os olhos e sorri. Estava começando a ligar os pontos.

– Mais alguma coisa ?

– Sim, na verdade há… – o lobo para de repente ao ver as portas se abrirem e rapidamente se levanta.

– Meu senhor… – ele se curva.

– Senhor. – River também se levanta ao ver o Rei entrar.

– Ambrose, o que está fazendo aqui ? – Desmond se levanta ao notar sua presença e se aproxima.

– Prometeu almoçar comigo, se lembra ? – Ambrose o puxa para mais perto e beija o topo de sua cabeça.

– Sim, mas estou ocupado agora. – Desmond se afasta e o encara irritado.

– Senhora, vá com seu marido, eu me encarrego do resto! – River sorri de forma gentil e acena com a cabeça para Ambrose, que faz o mesmo.

– Tem certeza ? Não quero que lide com tudo sozinho!

– Sim, está tudo bem.

– Certo… obrigado mais uma vez. Voltarei após o almoço. – Desmond sorri, mas logo volta sua atenção para Ambrose.

– Vamos ? – ele acaricia seu rosto e segura sua mão esquerda.

– Sim… – Desmond sussurra um pouco envergonhado, se sentindo inquieto com tanta atenção, mas segue Ambrose em silêncio, deixando os lobos sozinhos na biblioteca.

Enquanto observa o casal sair, River mantém um sorriso doce em seu rosto, que rapidamente some ao vê-los cruzar a porta. O lobo volta sua atenção para Connor, que encara a porta com um olhar malicioso.

– Se me permite dar um conselho, não faça nada estupido. Mexer com aquele homem vai te trazer problemas. – ele fala em um tom sério, quase como uma ameaça. Conhecia bem a fama do seu amigo.

– Ótimo, eu adoro problemas… – Connor sorri e não pensa em desistir. Daria tudo por apenas uma noite com aquele homem.

– Vai morrer se continuar com isso. Idiota! – River dá um tapa em sua nuca e revira os olhos.

– Okay, já entendi! Vamos voltar ao trabalho!
_______________

– A comida não está boa ? – Ambrose o questiona ao vê-lo tão quieto.

– Não, eu só estava distraído… – Desmond suspira e esfrega os olhos. Se sentia cansado.

– Quer falar sobre isso ?

– Na verdade sim, mas não aqui. Podemos apenas comer ?

– Okay, mas precisa comer tudo, ou não vai ganhar sobremesa!

– O que ? Não sou criança! – Desmond ri.

– Eu sei, só gosto de te ver comendo. – Ambrose sorri e acaricia o dorso de sua mão. Mima-lo havia se tornado um dos seus grandes prazeres.

– Tão galanteador… – ele murmura e ri.

– Faz parte do meu charme natural.

– Sei. – Desmond limpa sua boca com o guardanapo e logo depois se levanta.

– Preciso ir.

– Espera. – Ambrose agarra seu pulso.

– Te vejo à noite ?

– Sim, nos vemos à noite. – ele sorri e segue em direção a saída, sumindo no corredor. Ambrose suspira aliviado e mau pode esperar para vê-lo novamente.
_______________

– Ambrose, se lembra do trabalhador que morreu nos campos do Distrito Rufinus ? – Desmond o questiona ao sair do banho, enquanto seca seu cabelo.

– Sim, Lyter me falou sobre o ocorrido. Queria intervir, mas você não me daria brecha. – ele desvia seu olhar para o lado e ri, tentando disfarçar seu nervosismo.

– Connor está investigando o caso e acha que ele foi envenenado, mas não encontrou nenhum vestígio. – ele deixa a toalha que usou para secar seu cabelo sobre as costas de uma das cadeiras e vai para trás do biombo, onde poderia se trocar sem ser visto.

– É possível, há uma planta que cresce em alguns Distritos, mas não é fácil usá-la. – Ambrose volta seu olhar para o biombo e pode ver a sombra de seu corpo enquanto se veste. Logo sua mente traz a tona todas as lembranças de quando o tocou, beijou e se embriagou no doce aroma do seu corpo, até deixa-lo um completo desastre.

– Eu sei. Elas só crescem em Willbur e Otelo, é por isso que queria fa… – Desmond fala enquanto sai de trás do biombo, mas logo para ao notar que Ambrose está inquieto.

– Algum problema ?

– Não, só estou cansado. – ele suspira e esconde sua ereção.

– Sei que não posso acusar ninguém sem provas, por isso queria saber o que pensa sobre isso. Willbur sempre agiu de forma estranha.

– Se desconfia dele, eu não o culpo. Willbur sempre deixou claro que não gosta de mim como o Rei e nem do nosso casamento, mas apesar de ser um velho ranzinza, ele ainda tem poder e influência no Conselho e fora dele.

– Que bom que pensa igual a mim, quero levar essa investigação adiante mesmo que precise mexer no vespeiro. A família precisa de respostas. – Desmond fala determinado, nada iria pará-lo naquela altura.

– Só tome cuidado, okay ? Não quero que se machuque.

– Não vou.

– Ótimo, agora vamos dormir, está tarde.

– Sim, preciso levantar cedo amanhã!
_______________

Enquanto Desmond dorme, Ambrose se levanta cuidadosamente da cama e vai para o banheiro, ele para em frente a pia e encara fixamente seu reflexo no espelho.

– Estou enlouquecendo… – o lobo sussurra e suspira, logo depois desvia sua atenção para a ereção em sua calça, que se mantém insistente.

– O que fez comigo, Desmond… – ele ri e põe o seu pau para fora, que pulsa e está encharcado com o líquido pré-ejaculatório. Não conseguia parar de pensar em seu corpo.

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O Lobo e a Lua

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Desmond, um lobo fêmea, é abandonado por sua família por ser “defeituoso”. Desde então ele ganha a vida se prostituindo noite após noite, tentando juntar...

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  • Extra 7
  • Extra 6
  • Extra 5
  • Extra 4
  • Extra 3
  • Extra 2
  • Extra 1
  • Capítulo 60 - Fim
  • Capítulo 59
  • Capítulo 58
  • Capítulo 57
  • Capítulo 56
  • Capítulo 55
  • Capítulo 54.5 - Dia dos Namorados
  • Capítulo 54
  • Capítulo 53
  • Capítulo 52
  • Capítulo 51
  • Capítulo 50
  • Capítulo 49
  • Capítulo 48
  • Capítulo 47
  • Capítulo 46
  • Capítulo 45 - Terceira temporada
  • Capítulo 44 - Fim da segunda temporada
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  • Capítulo 4
  • Capítulo 3
  • Capítulo 2
  • Capítulo 1
  • 01 - Prólogo
  • 00 - Sobre Neverhand

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