Capítulo 37

– Seu chá. – Ambrose fala ao se aproximar e lhe entrega a xícara.

– Obrigado. – Desmond lhe mostra um sorriso gentil e bebe um gole do chá, que rapidamente ajuda seu corpo a se aquecer.

– Se sente melhor agora ? – ele o questiona enquanto se senta ao seu lado e também se esconde embaixo das cobertas.

– Não, odeio frio! – Desmond choraminga e revira os olhos. Nunca enfrentou um frio tão cruel quanto aquele.

– Precisa se acostumar, vamos ficar assim por algum tempo. – ele acaricia seu rosto com a ponta do seu focinho e o apoia em seu ombro.

– Que saco! – Desmond bufa e se aconchega em seus braços. A única parte boa de toda aquela neve era que podia estar agarrado ao seu marido o dia todo.

– Você vai sobreviver! – o lobo ri e acaricia seus cabelos.

– Eu espero que sim…
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– Bom dia, Desmond! – Nanber fala animada enquanto abre as cortinas do quarto e deixa que a luz solar entre.

– Só se for para você! – ele resmunga e cobre o seu rosto. Não queria trabalhar.

– Ah, vamos lá. Tem muito o que fazer hoje!

– Está frio demais para trabalhar, Nanber!

– Então isso significa que não quer ver o casaco de pele de urso novinho que eu trouxe para você ? Uma pena…

– O quê ? – Desmond se levanta de repente e seus olhos estão brilhando de empolgação.

– Me mostre agora, mocinha! – ele fala em um tom autoritário, a fazendo rir.

– Sim, senhora! – Nanber abre a grande caixa que está sobre a mesa e logo retira a peça, um enorme casaco de pelos brancos.

– Nossa… é tão lindo, e ao mesmo tempo tão errado! – Desmond salta da cama e se aproxima, ele segura a peça e desliza seus dedos entre os pelos macios.

– É de urso mesmo ?

– Sim.

– Coitadinho… – ele sussurra enquanto esfrega seu rosto no casaco.

– Está com pena ou está feliz ?

– Os dois! – Desmond a observa com uma expressão triste, mas seus olhos falam por si só, ele amou a peça.

– Certo, então vou preparar o seu banho. – Nanber ri e o deixa sozinho com o casaco, sabia que Desmond precisava de um tempo com o seu novo amor.
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– Nossa, ficou ótimo em você! – Ambrose fala surpreso ao ver Desmond entrar em seu escritório.

– Está incrível! – o lobo se levanta e caminha até ele, para um momento para observá-lo e está realmente maravilhado com a visão.

– Sério ? Me sinto um bichinho enrolado em uma coberta. – ele finge uma expressão triste e se agarra ao seu corpo.

– O quê ? Está lindo, combina com a sua pele. – Ambrose acaricia o seu rosto e lhe mostra um sorrisinho bobo. Já estava rendido aos seus encantos.

– Jura ? – ele faz biquinho e esfrega seu rosto contra a mão do lobo.

– Juro, baby… – Ambrose sussurra e segura seu rosto com as duas mãos, em seguida o beija, entrelaçando sua língua com a de Desmond até deixa-lo ofegante.

– Você é a coisa mais linda que eu já vi. – ele sussurra novamente e lhe dá um beijo rápido, logo depois suas mãos avançam em direção a bunda de Desmond, a segurando com força.

– E a mais deliciosa também…

– Ambrose! – ele esbraveja envergonhado e tenta afastá-lo, mas o lobo o segura com mais força.

– O que foi ? – Ambrose o questiona com um sorrisinho em seu rosto, se fingindo de bobo.

– Não podemos fazer isso agora, temos trabalho!

– Então podemos fazer mais tarde ?

– Podemos… – ele responde envergonhado e desvia seu olhar para o lado, não conseguia encara-lo.

– Ótimo, então vamos sair. – Ambrose sorri satisfeito e segura sua mão, beijando a palma dela.

– Okay…
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– Com a mão de obra extra e os materiais, conseguimos fazer tudo a tempo. – o chefe do campo Vadim fala ao se curvar diante do Rei e da Rainha.

– Estou imensamente agradecido, senhor. – o alfa da Casa também se curva em sinal de respeito e gratidão.

– Não precisam agradecer. Como Rei, é meu dever garantir que todos os Distritos possam prosperar. – Ambrose fala de forma educada e gentil, deixando os homens mais a vontade com sua presença.

– Além disso, os homens fizeram todo o trabalho duro, Ambrose e eu apenas assinamos alguns papéis, nada de mais. – Desmond fala sorridente, feliz com o progresso dos campos.

– Senhora, não precisa ser tão humilde. Sem sua ajuda, nunca iríamos conseguir! – o alfa Vadim fala de forma gentil.

– E para mostrar os nossos sinceros agradecimentos, preparamos um presente. – Vadim desvia sua atenção para o lado e logo um dos trabalhadores se aproxima carregando uma cesta.

– É um pouco da nossa colheita. Esperamos que goste, senhora! – o chefe do campo pega a cesta e entrega a um dos guardas que acompanhavam o casal real.

– Eu agradeço muito, mas de verdade, não precisava. É a comida de vocês! – Desmond fala envergonhado e emocionado, tentando conter suas lágrimas.

– Nós fazemos questão, senhora. – Vadim insiste sorridente.

– Nós agradecemos a gentileza, Vadim. – Ambrose acena com a cabeça, mas se mantém distante da situação.

– Obrigado, Vadim! – Desmond também acena com a cabeça e lhe mostra um sorriso tímido.

– Então podemos continuar com a visita ? – o chefe do campo questiona animado.

– Claro. – Ambrose segura a mão de Desmond e acompanha o lobo em direção as estufas.
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– Desmond, o banho está pronto. – Ambrose fala de dentro do banheiro.

– Okay! – ele sai de dentro do seu ninho feito por cobertores e vai para o banheiro, ao entrar, se surpreende ao ver Ambrose em sua forma humana.

– Por que você… ?

– É difícil secar os pelos no frio.

– Ah… – Desmond balança a cabeça, pensando que era uma resposta óbvia e que deveria ter se dado conta antes.

– A água vai esfriar, vamos entrar logo. – o Rei começa a se despir e logo entra na enorme banheira. Desmond faz o mesmo e se aconchega próximo ao seu corpo, se sentando a sua frente e apoiando suas costas em seu peitoral.

– Nossa, isso é incrível… – ele suspira e um sorrisinho se forma em seu rosto. Nunca imaginou que daria tanto valor a um banho quente.

– Não está muito quente ? – Ambrose questiona enquanto acaricia seu pescoço, indo da parte posterior até a anterior, aplicando um pouco de pressão.

– Não, está ótimo assim. Obrigado!

– De nada, baby. – ele sussurra próximo ao seu ouvido e beija sua bochecha.

– Está fazendo isso de propósito, meu querido esposo ? – Desmond gira seu rosto para o lado e o encara por cima do ombro, com as bochechas levemente coradas e um sorrisinho travesso.

– Talvez ? – Ambrose dissimula. Aquela não era sua real intenção, mas estava gostando da sua reação.

– Que espertinho! – ele ri e inclina sua cabeça para trás, apoiando-a sobre o ombro de Ambrose, que no mesmo instante começa a acariciar seus cabelos.

– Está cansado ? – o Rei questiona em um sussurro.

– Um pouco…

– Pode dormir se quiser. – Ambrose inclina um pouco sua cabeça para frente e beija seu ombro.

– Obrigado. – Desmond sussurra e deixa um longo suspiro sair. Alguns segundos depois, ele adormece completamente.