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O Lobo e a Lua

Capítulo 52

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– Senhora! – as guerreiras que estavam esperando, o cumprimentam e se curvam ao vê-lo.

– Onde ele está ? – Desmond vai direto ao ponto.

– Por aqui, senhora. – uma das mulheres se aproxima e indica a direção com a mão. Ele toma a frente e segue pelo caminho indicado, ao chegar perto da mansão Willbur, Desmond vê o alfa ajoelhado com suas mãos presas atrás das costas, cercado por três guerreiras.

– Olá, Willbur. – ele aproxima seu rosto do lobo.

– Você está péssimo. – Desmond sorri e agarra o seu focinho. Willbur gira seu rosto para o lado, o evitando.

– Onde estão os outros ?

– Estão todos dentro da mansão. Estávamos esperando suas ordens. – a mulher o informa.

– Certo, podem levá-lo e seguir para Brenhin. Irei logo depois de fazer algumas coisas.

– Acha mesmo que pode tirar alguma informação dos meus filhos ou empregados ? Eles não sabem de nada. – Willbur rompe o silêncio de repente.

– É mesmo ? – Desmond questiona com um sorrisinho.

– Eu sei de coisas que podem ajuda-la. Tenho informações privilegiadas de toda Neverhand.

– Essas informações não me interessam, Willbur. Guarde suas palavras para você e fale apenas quando lhe for ordenado. – Desmond fala em um tom frio e autoritário. Willbur contrai sua mandíbula e se irrita por não conseguir capturar sua atenção.

– Está sendo burro, branco. Conhecimento é poder! – ele esbraveja e rosna. Se não conseguisse convencê-lo, seria acusado de traição e perderia sua cabeça.

– Guerreiras, saquem suas espadas! – Desmond fala alto em um tom imponente. No mesmo instante as mulheres sacam suas espadas e esperam pela próxima ordem.

Willbur estremece e o encara desacreditado. Se Desmond o matasse ali, acabaria gerando um conflito no Conselho. Ele não ousaria.

– Cortem a cabeça dele. – ele fala enquanto mantém seu olhar fixo em Willbur, vendo como o lobo se apavora com suas palavras. As guerreiras se posicionam e erguem suas lâminas, prontas para decapitá-lo.

– Parem! – Desmond ordena antes de que as lâminas alcancem sua pele.

– Se afastem e guardem suas espadas. – ele fala com uma expressão de satisfação em seu rosto. As Aiyras guardam suas espadas e se afastam.

– Viu, Willbur ? Isso é poder. O que você tem são apenas fofocas. – Desmond sorri e estala seus dedos. As guerreiras agarram o lobo pelos braços e o levantam, seguindo em direção a carruagem que iria leva-lo até Brenhin.

– Que idiota… – ele sussurra para si mesmo e ri. Willbur não se rendia nem mesmo quando já estava condenado.
_______________

– O que deseja fazer com eles, senhora ? – uma das guerreiras que estava responsável por vigiar os lobos presos na mansão o questiona.

– Levem todos daqui, menos ele. – Desmond aponta em direção ao filho mais novo da casa Willbur.

– Deixem os empregados separados dos Willbur, não quero que haja nenhuma represália.

– Sim, senhora. – a mulher acena com a cabeça e guia os empregados para fora do cômodo enquanto as outras duas se encarregam dos outros filhos.

– Não diga nada idiota. – o irmão mais velho murmura para o mais novo e o encara com um olhar ameaçador.

Após todos saírem, Desmond se aproxima do filho mais novo e lhe mostra um sorriso gentil, que o observa visivelmente assustado.

– Nanber, pode nos deixar sozinhos ?

– Tem certeza ? Pode ser perigoso.

– Tudo bem, espere lá fora, por favor. – Desmond volta seu olhar para ela e sorri. Nanber acena com a cabeça e saí, fechando a porta.

– Podemos conversar ? – ele se senta próximo ao lobo.

– S-sim… – o garoto, que ainda mantém uma aparência juvenil apesar de já ser um adulto, responde hesitante. Tinha medo de morrer.

– Você sabia sobre os planos do seu pai ?

– Sim, senhora… – ele murmura sem confiança.

– E o ajudou ?

– E-eu fui obrigado! Sou um filho bastardo, minha mãe está morta e não tenho onde ficar!

– Então foi por medo ? Apenas por isso ?

– Sim, senhora.

– Pois bem… – Desmond deixa um longo suspiro sair e pode ver o quão assustado aquele lobo está.

– Qual o seu nome ?

– Sou Orlo, senhora.

– Orlo, se você aceitar se curvar diante de mim e jurar sua lealdade a coroa, perdoarei seus crimes e lhe darei este Distrito, que será renomeado com o nome da sua mãe. Como uma homenagem. – Desmond lhe mostra um sorriso gentil, mas um olhar astuto e cheio de expectativa.

– Eu juro! Farei qualquer coisa! – ele se levanta de repente e se ajoelha aos seus pés, de cabeça baixa e encolhido, como alguém que implora para viver.

– Então que assim seja. – ele acaricia sua cabeça e sorri.
_______________

– Prenda todos até que o julgamento seja marcado. Mantenham os empregados e filhos separados do Willbur. E deixe apenas homens de confiança vigiando.

– Sim, senhora. – Lyter acena com a cabeça e começa a coordenar tudo. Guiando os guardas e os prisioneiros até a parte subterrânea do palácio.

– Aiyras, sou muito grato pela sua ajuda. Prometo que irei cumprir nosso acordo e espero rever a sua matriarca para um chá da tarde no futuro. – Desmond se aproxima do grupo de guerreiras e fala em um tom gentil.

– Nós que agradecemos por ouvir nosso apelo, senhora. – a lider das guerreiras se aproxima e acena com a cabeça.

– Direi a matriarca sobre seu convite e tenho certeza de que ela ficará feliz em comparecer.

– E eu ficarei feliz em recebê-la! – Desmond sorri animado.

– Bom, nós iremos agora. O caminho de volta para casa é longo.

– Tem certeza ? Vocês são bem-vindas para ficar.

– Agradeço, mas devemos ir, senhora. – a mulher sorri e se curva novamente.

– Então que façam uma boa viagem! – Desmond acena com a cabeça.
_______________

– E o que deseja fazer com todos eles ? Os empregados estão ansiosos sobre os seus destinos. – Lyter questiona enquanto acaricia os pelos da sua barba.

– Falarei com todos eles. Será um longo e cansativo julgamento… – Desmond deixa um longo suspiro sair e se recosta na cadeira.

– Por que ajudou o garoto Willbur ? – ele pergunta de repente.

– Não posso acabar com a linhagem Willbur. Mesmo sendo um traidor, isso seria mal visto pelo Conselho e pela população do Distrito. Além disso, o garoto é um bastardo que foi coagido a ajudar, merece uma chance.

– Bastardo ? Pensei que ele era adotado.

– Ele é filho de uma Aiyra.

– Aiyra ? Isso é…

– Lyter, não foi desse jeito. – Desmond o encara com um olhar sério e ergue suas sobrancelhas.

– Ah… entendo. – Lyter cerra seu punho e sente seu estômago embrulhar.

– Ele é neto da matriarca. Não podia ignorar este fato também.

– Isso foi misericordioso e inteligente. Ambrose teria cortado a cabeça de todos eles e se banhado em seu sangue.

– Eu sei… – Desmond murmura e sorri, pensando no que ele diria se estivesse acordado.

– Ele vai acordar logo. – Lyter fala de forma gentil, tentando consola-lo.

– Obrigado, Lyter. – ele sorri e se levanta, ao passar pelo lobo, Desmond dá um tapinha em seu ombro esquerdo.

– Vá descansar um pouco. O jantar será servido logo.

– A senhora também precisa.

– Eu irei. – Desmond sorri e segue em direção a saída.
_______________

Após o jantar, Lyter toma seu tempo para relaxar na banheira, depois de toda a correria do dia. Ele apoia seus braços na borda e inclina sua cabeça para trás, fechando seus olhos e tentando esvaziar sua mente.

Enquanto está de olhos fechados, ele sente a presença de mais alguém no cômodo e em uma reação por instinto, Lyter rapidamente pega uma faca que estava em baixo das toalhas próximo a banheira e a joga em direção ao intruso.

– Lyter! – Nanber esbraveja assustada. Se não tivese agido rápido, teria morrido.

– O que está fazendo ? Eu poderia ter te matado! – ele volta seu olhar para ela e a encara irritado.

– Que mal humor… – ela ri e tira a faca da parede, a deixando sobre a pia.

– O que você quer, lobinha ? Vir ao meu quarto essa hora da noite não é uma boa ideia. – Lyter desliza os dedos entre seus fios de cabelo, os jogando para trás e a observa com um sorrisinho em seu rosto.

– O que eu quero… ? – Nanber murmura e se aproxima da banheira.

– Você. – ela desfaz o nó simples do seu robe, deixando que ele caia aos seus pés, revelando seu corpo nu. Lyter a observa inexpressivo, mas sente sua virilha formigar, aquela mulher o deixava louco.

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Capítulo 52
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O Lobo e a Lua

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Desmond, um lobo fêmea, é abandonado por sua família por ser “defeituoso”. Desde então ele ganha a vida se prostituindo noite após noite, tentando juntar...

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  • Extra 7
  • Extra 6
  • Extra 5
  • Extra 4
  • Extra 3
  • Extra 2
  • Extra 1
  • Capítulo 60 - Fim
  • Capítulo 59
  • Capítulo 58
  • Capítulo 57
  • Capítulo 56
  • Capítulo 55
  • Capítulo 54.5 - Dia dos Namorados
  • Capítulo 54
  • Capítulo 53
  • Capítulo 52
  • Capítulo 51
  • Capítulo 50
  • Capítulo 49
  • Capítulo 48
  • Capítulo 47
  • Capítulo 46
  • Capítulo 45 - Terceira temporada
  • Capítulo 44 - Fim da segunda temporada
  • Capítulo 43
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  • Capítulo 2
  • Capítulo 1
  • 01 - Prólogo
  • 00 - Sobre Neverhand

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