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Love from the Male Protagonist’s Harem

Capítulo 36 – Tumba Ancestral – Parte 1

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🟡 Em breve

Gu Peijiu se inclinou e retirou a fita verde do galho. O tecido macio estava gelado contra seus dedos. Fitando o tom esmeralda contrastando com a palidez de sua própria pele, Gu Peijiu ficou imóvel, incapaz de nomear o sentimento que havia tomado conta dela.

O farfalhar das folhas… alguém se aproximava.

Enquanto guardava o pingente de jade e a fita dentro da manga, uma voz clara chamou:

— Irmã Sênior, você também está aqui?

Lançando um olhar de lado, Gu Peijiu viu que o recém-chegado vestia azul e branco, com uma longa espada presa à cintura, botas de couro de veado azul e um semblante límpido. Era Chang Lan, de Jianfeng.

— Mmm. — Gu Peijiu assentiu com indiferença. — O Irmão Sênior também veio?

— O vento parecia estranho, então achei melhor investigar — respondeu Chang Lan, sorrindo antes de perguntar: — Mas a Irmã Sênior chegou antes de mim. Descobriu alguma coisa?

Sem esperar pela resposta de Gu Peijiu, Chang Lan passou a examinar minuciosamente a área ao redor. Ao terminar, franziu o cenho, levantando uma sobrancelha:

— Parece que o qi demoníaco já se dissipou. Os discípulos encarregados da patrulha não foram diligentes, mas isso é negligência de Jianfeng.

Com a mão escondida na manga, Gu Peijiu apertou com mais força o pingente de jade, mas sua voz continuou absolutamente serena:

— Irmão Sênior, não se culpe. Proteger a montanha dos fundos também deveria ser um dever de Danfeng. Infelizmente, os discípulos de Danfeng não dominam bem técnicas ofensivas, então a responsabilidade total acabou recaindo sobre o Irmão Sênior, o que é uma vergonha para esta júnior.

— Irmã pensa de forma muito rigorosa — apressou-se Chang Lan em tranquilizá-la, antes de mudar de assunto: — Mas o que foi que encontrou aqui?

— Bem, há um cadáver de marionete ali, cortado ao meio. — Gu Peijiu caminhou com Chang Lan até onde a marionete despedaçada e as árvores caídas estavam. A jovem, vestida de vermelho e branco, permanecia impassível, com a voz distante: — E esta árvore foi cortada horizontalmente. No entanto, não sei quem fez isso.

— … — Chang Lan olhou demoradamente para as árvores e para a marionete caída no chão. Então, surpreso, abaixou-se e pegou uma das metades da máscara da marionete demoníaca. — Esta marionete… era uma marionete guardiã?

— Mmm. — A resposta de Gu Peijiu foi suave, mas afirmativa.

Chang Lan pareceu ligeiramente desconcertado. Apesar de ser o discípulo sênior interino de Jianfeng, por alguma razão ele simplesmente não conseguia conversar direito com aquela jovem. Diante dos mais velhos, Gu Peijiu dizia contar com sua ajuda. Mas, na prática, fora das questões absolutamente necessárias, eles pouco interagiam e quase não se comunicavam.

…Talvez a Irmã Sênior fosse apenas naturalmente fria.

Chang Lan refletiu por um momento sobre a marionete no chão:

— Essa marionete teria sido uma guardiã dos ancestrais de Lingxi. Não consigo imaginar quem teria perturbado uma marionete guardiã.

— … — Gu Peijiu ficou em silêncio por alguns instantes, até finalmente dizer:

— Irmão Sênior, uma marionete guardiã demonizada já não guarda mais nada.

Se você perdeu sua própria alma, como pode proteger a alma de outros?

As antigas marionetes guardiãs eram símbolos de proteção sobre os ancestrais da Seita Lingxi. Contudo, embora os corpos dos ancestrais descansassem na montanha dos fundos, suas almas já haviam reencarnado há muito tempo. O que restava agora era uma montanha cheia de marionetes guardiãs abandonadas, junto com diversos Yimei e monstros aterradores. Por isso, para manter o respeito pelos ancestrais da Lingxi e ainda assim proteger os discípulos de eventuais perigos, a montanha dos fundos havia sido transformada em um local proibido.

Chang Lan demonstrou certa frustração:

— Então por que se dar ao trabalho de afirmar que era uma marionete guardiã?

Observando novamente a área ao redor, Chang Lan acompanhou com facilidade os rastros do combate:

— Alguém entrou na montanha dos fundos, lutou contra a marionete aqui mesmo, matou-a e depois fugiu.

— Sim. — Gu Peijiu assentiu levemente, lembrando-se do rosto sorridente de certo jovem de alguns dias atrás. Contudo, apesar da agitação interior, seu semblante continuava impassível.

— Esse assunto precisa ser relatado ao Mestre… Estamos num momento importante na Seita Lingxi, recrutando novos discípulos. Não podemos cometer erros — concluiu Chang Lan.

— Mmm. — Gu Peijiu assentiu de novo. — Assim deve ser.

— …Ouvi dizer que você escolheu um discípulo para ensinar pessoalmente? — Chang Lan perguntou num tom casual, carregando ambas as metades da marionete demoníaca enquanto caminhava ao lado de Gu Peijiu. — Algum dos novos candidatos a discípulo interno chamou sua atenção?

O semblante de Gu Peijiu esfriou ainda mais com a pergunta, embora Chang Lan não entendesse o motivo.

O jade em sua mão parecia queimar.

No entanto, sua voz saiu totalmente tranquila:

— Ninguém chamou minha atenção.

Ninguém novo, pelo menos… mas havia alguém que a incomodava profundamente.

==

Quando Xia Ge recobrou os sentidos, estava perplexa ao perceber que estava seguindo o veado-sika por degraus de pedra azul até um lugar semelhante a uma masmorra. Estavam em um corredor de pedra, com murais intrincados nas paredes, e pérolas noturnas do tamanho de punhos embutidas a cada três degraus, iluminando o caminho com clareza.

— Espera aí—por que está me trazendo aqui?! — Xia Ge parou de andar imediatamente, apertando o cabo da foice. — Eu quero voltar!

O veado perdido virou sua bela cabeça para olhar Xia Ge. Seus chifres eram elegantes, e seus olhos violetas profundos pareciam conter estrelas e luas. Ele assentiu para ela, então seu corpo foi se tornando indistinto, como um sonho enevoado, até desaparecer completamente sem deixar vestígios.

— …Sumiu?

Xia Ge estava completamente confusa:

— Sumiu assim, do nada?

…Que diabos de veado era aquele?

Recobrando a lucidez, Xia Ge sacudiu a cabeça. O tipo do veado não importava agora. O que importava era voltar logo para onde deveria estar.

Virando-se, planejando refazer o caminho, Xia Ge esperava encontrar os degraus de pedra azul logo atrás de si. Em vez disso, deparou-se com uma parede de pedra!

Xia Ge: — ……

Ela bateu na parede com a foice e um som oco e pesado ressoou. A parede era sólida. Não era uma ilusão, nem estava oca.

— Mas… não havia uma passagem atrás de mim até um segundo atrás? — Xia Ge encarou a parede de pedra, atônita. — Para onde foi parar?

—Você estava sob o {aprisionamento da alma} do Cervo Perdido, informou o sistema a Xia Ge. —O que quer que você tenha visto ao segui-lo provavelmente era falso.

Xia Ge ficou parada, encarando a parede de pedra, ainda tentando entender a situação.

—Falso? …Cervo perdido? Quer dizer aquele cervo sika com as flores de ameixeira azuis de agora há pouco?

—Sim, esse é o Cervo Perdido — respondeu o sistema.

—O que ele queria? Por que veio me procurar? Eu devo dinheiro pra ele?

—…Não acho que você deva dinheiro a ele. No entanto, ele deve ter tido um motivo para vir até você.

Xia Ge, confusa:

—O motivo…? Deve ser porque eu devo dinheiro pra ele, né?

—…

Tudo pra você tem a ver com dinheiro, não é?!

Mas o sistema resolveu mudar de abordagem:

—Já ouviu falar em perceber os próprios erros e voltar ao caminho certo?[1]

Xia Ge sentiu um leve desconforto:

—Claro…

—As almas são reencarnadas, e essas almas reencarnadas seguem um novo caminho, certo? Porque elas não mantêm as memórias de suas vidas passadas em sua vida atual.

Xia Ge entendeu mais ou menos:

—É, acho que sim.

O sistema continuou explicando:

—O significado usual de perceber os erros e voltar ao caminho certo é não permanecer no erro, mas retornar o quanto antes ao caminho da retidão. No entanto, há outra camada de significado nisso.

—Ou seja: não se prenda às vidas passadas. Viva no presente.

Agora Xia Ge sentia que havia entendido:

—O cervo perdido… você me disse antes para não segui-lo.

—Sim. A aparição do Cervo Perdido significa que o karma da sua vida passada ainda não se encerrou, por isso ele te encontrou nesta vida. Mas suas vidas passadas estão perdidas para você. Você não pode desfazer o que aconteceu em gerações anteriores, e se tentar, é improvável que o resultado seja bom.

Então o tom do sistema baixou:

—Embora agora provavelmente não haja como evitar. O que está feito, está feito. Você já ouviu antes “O caminho está perdido, não sei como retornar”?[2]

Xia Ge juntou as mãos em saudação:

—Ouvi sim! Num sonho que tive ontem, uma garota chata estava cantando um monte de besteiras e “perdi o caminho, não sei como voltar” foi uma das coisas que ela disse!

A expressão de Xia Ge ficou tensa, e ela acrescentou:

—Será que eu devia uma grana enorme pra alguém na vida passada e nunca paguei? Se eu reencarnei e o cervo perdido ainda veio me procurar… droga, eu devia muito dinheiro! Isso é péssimo! O caminho está mesmo perdido!!

—…

Decidindo ignorar o pânico de sua hospedeira sobre estar sendo cobrada por antigos credores, o sistema apenas disse:

—De qualquer forma, se você ouviu “o caminho está perdido, não sei como retornar” em algum lugar, não havia como evitar o encontro com o Cervo Perdido.

—??? — Xia Ge piscou.

O sistema esclareceu:

—Ouvir isso num sonho foi um prenúncio do encontro com o Cervo Perdido. Não importa onde você esteja, onde se localize, você vai cruzar com ele… e não será por causa de dinheiro.

Xia Ge estalou os lábios:

—Isso é impressionante… bem, se não tem a ver com dinheiro, já é um alívio.

—…

Se fosse só por dinheiro, teria sido o melhor dos cenários.

—Certo, agora que ele me encontrou, quais são as consequências? — Xia Ge se perguntou. —Não me lembro de nada sobre um cervo perdido no romance.

—Não sei por que ele te trouxe até aqui. Só sei que tem relação com uma vida passada… e não com dívidas.

—Uma vida passada? — Xia Ge pensou por um segundo e, de repente, seus olhos brilharam. —Ah, uma vida passada! O cervo perdido não teria me procurado no mundo moderno, né?! Uau, isso é interessante!

—…Por favor, não se empolgue demais. Acho que ele não teria mesmo.

Suspirando, Xia Ge falou num tom raramente carregado de genuína melancolia:

—Já estou dentro deste livro há vários anos… felizmente, antes de sair, fui boazinha e deixei a senha da conta bancária com meu irmão.

Ele provavelmente não estava passando necessidade.

—Sim, isso foi muito bom.

Mas a tristeza de Xia Ge não foi tão fácil de abalar:

—Ugh, pensando bem, talvez eu não devesse ter contado. Afinal de contas, conforto leva à devassidão[3].

O sistema não teve piedade:

—Oh? E você não é o maior exemplo de que fome e frio levam ao roubo?[4]

Xia Ge olhou para o próprio vestido preto e coçou o nariz:

—Puppetzinho, se você não vai aliviar, como é que eu vou responder?

—Hehe. — O sistema estava satisfeito. —Você venceu.

Terminando com o papo furado, Xia Ge bateu de novo com a foice na parede de pedra com pesar:

—É… é realmente sólida… Será que meu irmão já arranjou uma namorada…?

—…Hospedeira, olhe, há uma Pérola Noturna ali.

—!!!!

Finalmente reparando nas pérolas do tamanho de um punho embutidas na parede de pedra a cada três passos, Xia Ge se animou:

—Caralho, são mesmo pérolas noturnas! Achei que era só ilusão!!

—…

——Vou ficar rica rapidinho! — Xia Ge correu até a pérola mais próxima e, com um whoosh da foice, a arrancou da parede. Brilhando como uma lanterna, a pérola iluminou o corredor escuro como se fosse pleno dia.

—Puppetzinho, você compra essas pérolas noturnas? — Segurando duas delas, Xia Ge as jogou dentro de seu anel prateado, depois olhou para a próxima com cifrões praticamente saindo dos olhos. —E aí, o sistema me dá pontos por elas ou não?

O tom do sistema foi gélido e indiferente:

—Não compro coisas de gente morta.

Xia Ge, segurando outra pérola:

—…???

O sistema deu um lembrete amigável:

—Este lugar parece ser o túmulo de um dos seus ancestrais Lingxi.

—…Como você sabe disso?

—Olhe para aquela estela à sua esquerda.

Virando a cabeça, os olhos de Xia Ge encontraram uma pequena tábua de pedra encostada na parede.

E nela estava gravado: Túmulo do Ancestral Lingxi.

Xia Ge: “……”

Notas:

[1] 迷途知返 (mí tú zhī fǎn) — Expressão idiomática que significa “perceber que está no caminho errado e voltar”, ou seja, reconhecer os próprios erros e corrigir-se.

[2] “O caminho está perdido, não sei como retornar” — Parte de um verso que reforça a ideia de estar desorientado ou perdido espiritualmente/moralmente. Tem ressonância com o ditado anterior.

[3] 饱暖思淫欲 (bǎo nuǎn sī yín yù) — Provérbio chinês que significa: “quando se está alimentado e aquecido, os desejos luxuriosos surgem”. Expressa a ideia de que o excesso de conforto leva à devassidão.

[4] 饥寒起盗心 (jī hán qǐ dào xīn) — Outro provérbio: “fome e frio despertam a intenção de roubar”. Reforça que a necessidade pode levar ao crime.

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Capítulo 36 – Tumba Ancestral – Parte 1
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  • Capítulo 42 - Tirando as Roupas e Enfaixando
  • Capítulo 41 - Identidade Revelada Parte 2
  • Capítulo 41 - Identidade Exposta Parte 1
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  • Capítulo 20 – Chu Yi Vestindo Borboletas Prateadas
  • Capítulo 19 – Zhen Hun Incomparável
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  • Capítulo 14 – Uma Canção de Verão Duradoura
  • Capítulo 13 – Brilho Ofuscante
  • Capítulo 12 – Panqueca de Gergelim
  • Capítulo 11 – Presa do Encanto
  • Capítulo 10 – Continente do Vento e da Lua
  • Capítulo 9 — Um Pãozinho no Vapor Por Dia
  • Capítulo 8 — Sem Verdade, Não Há Confiança
  • Capítulo 7 – Ossos Maravilhosos
  • Capítulo 6 – Roupas Encantadas
  • Capítulo 5 – Arroz Frito com Frango
  • Capítulo 4 – Reflexão Séria Sobre As Próprias Falhas
  • Capítulo 3 – A Origem do Garanhão
  • Capítulo 2-Peixe Tropical Salgado
  • Capítulo 1 - Atividade Ilícita

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