Capítulo 37 – Uma Beleza na Tumba – Parte 2
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— Ei, bonequinho, você reconhece essas formações?
— [Não reconheço.]
— Inútil e um desperdício. Eu nem te conheço mais.
— […] Você acha que eu te reconheço?!
Xia Ge coçou o queixo:
— Mas tenho que dizer, essas formações na tumba da ancestral da Lingxi parecem bem valiosas… oh!
Os olhos se iluminaram, e Xia Ge bateu palmas:
— Ou talvez isso possa me render a fortuna absurda que a ancestral quer me dar?!!
— [Não…] Você tá claramente delirando!
Examinando as paredes com mais atenção, Xia Ge descobriu que, embora parecessem muitas formações, na verdade eram apenas três tipos, repetidos diversas vezes.
— Quando eu voltar, preciso conferir nos livros — murmurou Xia Ge, ainda coçando o queixo. — Qualquer formação encontrada na tumba da ancestral da Lingxi tem que ser poderosa e valer uma fortuna.
— [Formações em tumbas normalmente não servem pra garantir a paz da alma que partiu?]
Xia Ge não estava disposta a deixar a realidade atrapalhar suas fantasias:
— Não, e cala a boca! Eu vou considerar isso como uma formação divina desconhecida!
— […] O que te fizer feliz.
— Na novel, é assim que essas coisas são descritas. — Xia Ge voltou a caminhar, segurando firme sua foice, tentando convencer o sistema de que havia encontrado um tesouro em forma de formação. — Só porque o Ye Ze é o protagonista, não quer dizer que eu não possa ter sorte também…
Wah, waaah, waaaa……
Xia Ge parou na hora.
Um som tênue, entrecortado, de alguém chorando vinha do final do corredor de pedra.
— …o quê.
— *[…] *
Com a voz dura, Xia Ge perguntou:
— …você ouviu isso agora?
O sistema tentou manter a calma:
— [Não. Acho que não.]
Xia Ge imitou a compostura do sistema:
— Eu também…
Wah, wah, waaaaaaaa……
A frase “eu também não ouvi nada” morreu em sua boca, e seu corpo inteiro se arrepiou. Tremendo, ela tentou agarrar o Guilongyu para se sentir mais segura—mas ele não estava no lugar de sempre——
Ela se lembrou, tarde demais, que depois da luta com a marionete demoníaca, nunca chegou a recuperar o Guilongyu. O Cervo Perdido havia aparecido…
Um suor frio escorreu por suas costas.
— …bonequinho… bonequinho, acho melhor a gente voltar pelo caminho de onde viemos…
O sistema se revoltou:
— [Você realmente achou que ia sair perambulando numa tumba e não ia encontrar nenhum fantasma?! Em que mundo você vive?!]
— Essa tumba é diferente! Não é a tumba de um estranho, é a tumba da minha ancestral da Lingxi!!
— [Sua ancestral?! Quem é sua ancestral?! Admita logo que você tá morrendo de medo!!!]
Xia Ge ficou imóvel por um instante.
Ela não tinha medo de seus ancestrais da Lingxi… mas tinha pavor de fantasmas! Incluindo fantasmas ancestrais, tá bom?!!
Quando as florestas são densas, vejo cervos… quando as tumbas são profundas, vejo fantasmas…
— [Voltar pelo caminho de onde veio é impossível. As bestas marionetes ainda estão bloqueando a passagem. Acha que consegue vencê-las? E mesmo que consiga, ainda não haveria uma saída.]
Mais um soluço ecoou da outra ponta do corredor.
Tomando coragem, Xia Ge declarou, cheia de espírito de sacrifício:
— Se eu não for pro inferno, quem vai? Bonequinho, vamos em frente!
— […] Então por que suas pernas estão tremendo?
— ……
Com os pés pesados, Xia Ge continuou a andar, sentindo que aquele corredor de pedra nunca terminaria.
Ao dobrar uma curva, ela chegou a uma segunda câmara. Lá, viu de imediato a origem do choro.
A mulher que chorava parecia saída de um conto de fantasia, sua beleza etérea deixando Xia Ge momentaneamente atônita.
Pérolas noturnas brilhantes iluminavam a câmara, onde havia uma mulher vestida com trajes nupciais vermelhos ornamentados. As mangas largas escondiam parcialmente seu rosto. Cabelos negros e espessos estavam presos com uma fita vermelha, algumas mechas caindo sobre os ombros. Um dian dourado brilhava na testa, acima de sobrancelhas finas e bem delineadas. Os cantos dos olhos estavam úmidos de lágrimas. Ela cobria a boca com a manga vermelha enquanto chorava, o corpo deitado diante do próximo corredor de pedra, do outro lado da câmara. Usando algo que claramente parecia um vestido de noiva, ela era bela como um demônio.
Mas parecia ter percebido a presença de alguém. Ergueu os olhos longos e estreitos, repletos de lágrimas e uma mistura de encanto e pânico:
— Quem está aí? ——— De onde vem esse jovem senhor?
Você é mesmo bonita, moça, mas… isso aqui é uma tumba. Acha mesmo que é lugar pra usar vestido de noiva?
Espera… não, isso não era o ponto agora.
Com as mãos tremendo, Xia Ge apontou a foice para a moça e disse apressadamente:
— Você, você, você… você é viva ou é um fantasma?!
Parecendo assustada com a foice, a mulher estremeceu levemente, uma lágrima escorrendo de um dos olhos longos e belos:
— Senhor honrado, por que trouxeste uma lâmina para encontrar esta humilde criada?
— ……
Bom, se a gente não sabe se você está viva ou morta, o mais provável é quê? Recebê-la com uma lâmina ou te chamar de irmã?
— Jovem senhor, por favor, não me entenda mal. Eu não sou um fantasma — disse a mulher, fungando. — Esta serva era uma noiva na vila de Mojia. Mas então sonhei com um cervo com flores de ameixeira azuis, e quando acordei, estava aqui.
……Mojia? Cervo azul? Cervo? Cervo Perdido?
— Jovem senhor, ainda estou sonhando? Que lugar é este? Onde estamos?
A mulher se levantou. Seu vestido vermelho de noiva ondulava suavemente com seus movimentos, e seus olhos se arregalaram, a escuridão refletindo a luz das pérolas noturnas — inocentes e demoníacos ao mesmo tempo. Ela tentou dar um passo em direção a Xia Ge. No entanto, Xia Ge pulou para trás como se tivesse levado um choque elétrico:
— Você, você, não chegue mais perto!! Você… fique aí, parada! Tô avisando, se tentar se aproximar, eu ataco!
A moça pareceu triste. Ficou imóvel, os olhos negros marejados:
— Não tenha medo, jovem senhor. Eu não sou um fantasma ou espírito maligno.
Certo. Porque se você diz que não é um espírito, então com certeza não é, né? Diz que vem da vila de Mojia, mas será mesmo? Foi trazida aqui por um cervo, que cervo? E se também dissesse que era a ancestral da Lingxi numa vida passada, isso automaticamente faria disso verdade?!
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Capítulo 37 – Uma Beleza na Tumba – Parte 2
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Love from the Male Protagonist’s Harem
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