Capítulo 129: Festival dos Quatro Clãs (1)
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Conversaram, conversaram, até que finalmente foram dormir por volta da meia-noite. De repente, Hei Yang surgiu diante deles e desabou no chão.
— Hei Yang, o que houve com você? — Quando Wu Ruo se preparava para ajudá-lo, Hei Ying apareceu e amparou Hei Yang com o braço.
Hei Xuanyi tirou um pequeno elixir do bolso da manga e o deu a Hei Yang, fazendo-o beber. Depois, entregou o restante do elixir a Hei Yin.
Após tomar o elixir, Hei Yang sentiu menos dor e finalmente teve forças para olhar para Wu Ruo. Disse com voz fraca:
— O grupo de Sang Lun tem 53 homens. Estão espalhados por várias famílias na capital. Meus fantasmas e eu fomos matá-los. Mas estão todos armados com armas budistas contra nós.
Por mais poderoso que fosse, nem mesmo cultivadores de sétimo nível seriam páreo para ele normalmente. Mas aquelas armas e runas budistas avançadas poderiam matá-lo.
Os fantasmas, por natureza, sempre temeram Buda, pois a luz de Buda os repelía.
Wu Ruo se lembrou do medo que sentiu ao ser ferido por uma arma budista em sua vida passada. Seu corpo ainda tremia só de lembrar.
Hei Xuanyi percebeu sua mão trêmula e fria.
— Por que sua mão está tão gelada?
Wu Ruo apertou a mão dele com força e balançou a cabeça em silêncio.
— Vou matá-los com meus homens! — rugiu Numu.
Wu Ruo o impediu:
— Eles devem estar em alerta desde que Xuanyi quebrou o… o “instrumento” de Ba Se. Por isso se prepararam com armas budistas com antecedência.
Também significa que suspeitam que fomos nós quem ferimos Ba Se, porque Hei Yang tentou matá-los.
Se voltarmos agora, podem ter se preparado ainda mais para nos enfrentar, ou até já terem fugido. Qualquer uma das duas opções ainda pode nos beneficiar.
Mal havia terminado de falar, um fantasma apareceu para informar:
— Sang Lun escapou por um túnel subterrâneo. Perdemos o rastro.
Numu ficou indignado.
Hei Xuanyi ordenou a Hei Yin que levasse Hei Yang de volta ao quarto para descansar e mandou outros procurarem por Sang Lun.
— Sang Lun é muito astuto. Pode não ser fácil encontrá-lo agora — disse Numu.
Hei Xuanyi o encarou e disse:
— Ba Se virá até aqui em breve.
Numu logo entendeu o que ele queria dizer. Riu:
— Tem razão. Como posso perder essa chance? Se vigiarmos Ba Se, Sang Lun vai aparecer.
— Mestre, já é muito tarde…
Antes que Wu Ruo pudesse continuar, Numu sorriu e disse:
— Estou indo agora. Vou deixar os dois pombinhos em paz.
Após a saída de Numu, Wu Ruo perguntou:
— Xuanyi, você também teme a luz de Buda e essas armas, como os fantasmas?
— Por que essa pergunta? — Hei Xuanyi franziu o cenho.
— Já que você domina fantasmas e cadáveres, me perguntei se Buda seria seu inimigo natural.
— Não.
Embora Hei Xuanyi tenha sido bem firme ao responder, Wu Ruo ainda se preocupava com o que havia acontecido em sua vida passada. As armas budistas representavam um perigo potencial para eles — e precisavam ser eliminadas.
Na manhã seguinte, Wu Ruo ordenou aos guardas e aos fantasmas que comprassem o máximo possível de Capim da Fera. Quanto mais, melhor. O ideal seria comprar todo o Capim da Fera disponível no país e transportá-lo para a Capital Imperial sem serem descobertos.
O Capim da Fera era uma erva medicinal de pouco valor. Servia apenas para cultivadores que criavam monstros de estimação, e por crescer rápido como mato, era extremamente barato. Um carro cheio podia ser comprado por apenas um tael de prata.
Em apenas meio dia, quase todo o pátio dos fundos estava repleto de Capim da Fera. Wu Ruo mergulhou no trabalho. Logo cedo, começava a refinar a erva, preparar diferentes tipos de elixires, e também fez Numu ajudá-lo.
Estavam tão ocupados que só podiam ser vistos durante o jantar.
— Ruo, entendo por que você quer que eu faça elixires. Mas por que Capim da Fera? Como pretende usá-lo? Vai alimentar monstros recém-nascidos? — Numu pensou um pouco e disse: — O passarão vai ter filhotes? Vai cuidar dos bebês?
— Cuckoo é um macho. Não pode botar ovos — Wu Ruo fez uma pausa. — Mestre, não sei como explicar agora. Mas você vai entender quando chegar o momento.
— Está bem. Não vou perguntar mais.
Numu olhou para fora. Haviam acabado de refinar o primeiro lote de Capim da Fera que tomava o pátio dos fundos, mas agora havia ainda mais empilhado. Que trabalhão teriam pela frente!
Nesse instante, soou um gongo do lado de fora da Mansão Hei. Repetidamente, como se estivesse transmitindo um aviso aos cidadãos.
— O que está acontecendo com esse gongo?
Numu largou a erva que tinha nas mãos e saiu da sala para perguntar aos guardas.
Os guardas também não sabiam. Só depois de saírem à rua descobriram: o gongo avisava que o Festival dos Quatro Clãs aconteceria dali a três dias, e que os plebeus deveriam manter distância para evitar perigos.
Numu se animou com a notícia:
— Quando morei no sul, ouvi dizer que o Festival dos Quatro Clãs acontece a cada três meses. Mas nunca participei de um. Agora é a chance perfeita para ver como é.
Wu Ruo ainda escolhia ervas, sem sequer levantar a cabeça.
— Muita gente vai vir. E junto, muitos problemas também.
— Tem razão. Gente de diferentes clãs trará confusão. Se não fosse pela necessidade de comprar materiais raros nos outros clãs, o Primeiro Ministro não se arriscaria tanto para abrir os canais de comunicação.
Ah, ouvi dizer que os canais só ficam abertos por um dia. Ou seja, não dá tempo para visitar os três clãs. Só dá para comprar o que precisa e voltar.
Ruo, para qual clã você quer ir? Eu vou com você.
— O dos monstros ou dos fantasmas.
— Por que não vai ao clã dos monstros? Ouvi dizer que têm muitos tesouros raros. Por isso a maioria dos cultivadores escolhe ir para lá — disse Numu.
Wu Ruo apenas sorriu, sem responder.
Nesse momento, um guarda anunciou do lado de fora:
— Com licença, acabaram de chegar 15 carros de Capim da Fera.
— O Capim da Fera é a coisa que eu mais odeio nessa vida! — gritou Numu.
Quanto tempo levaria para refinar tudo aquilo?
— Vai acabar adorando — disse Wu Ruo com um olhar cheio de significado.
— Espero que sim — resmungou Numu, voltando ao trabalho.
Três dias passaram num piscar de olhos. O pátio dos fundos continuava lotado de Capim da Fera — e agora havia ainda mais. Numu já não aguentava mais ver aquela erva, mas graças ao Festival dos Quatro Clãs, teria uma pausa.
— Hoje vamos ao clã dos fantasmas — anunciou Wu Ruo após o café da manhã. Tomara a decisão na noite anterior. Havia dois motivos.
Primeiro, sua nova família pertencia ao clã dos fantasmas.
Segundo, Hei Xuanyi conseguia controlar fantasmas. Seria o lugar mais seguro para ele e os seus.
Wu Qianqing não tinha nenhuma objeção — não estavam interessados em compras. Um passeio ao ar livre durante o festival seria agradável. O destino não importava muito.
Wu Xi e Eggie eram os mais animados, já que nunca haviam saído para outros clãs. Estavam tão empolgados que nem conseguiram dormir à noite.
Quando os canais estavam prestes a se abrir, Wu Ruo e Hei Xuanyi subiram na carruagem e seguiram rumo ao Portão Oeste da capital. Através dele, poderiam alcançar o clã dos fantasmas. O Portão Sul levava ao clã dos monstros, o Leste aos demônios e o Norte, à cidade onde os três clãs coexistiam.
Ao chegarem ao Portão Oeste, havia uma longa fila — embora menor do que a do Portão Leste.
A carruagem parou para aguardar. Eggie, ansioso, abriu a janela para espiar lá fora:
— Papai, quando a gente vai chegar no clã dos fantasmas?
— Logo — disse Wu Ruo, divertido com a empolgação do filho. Quando se preparava para puxá-lo de volta, alguém chamou do lado de fora:
— Mestre Wu Ruo!
Wu Ruo olhou e viu a criada de Wu Weixue, Zhitao, acenando para ele.
Zhitao sorriu e perguntou:
— Mestre Wu Ruo, você e o Mestre Xuanyi estão indo para o clã dos fantasmas? Que coincidência! Minha senhora também está indo para lá.
Wu Ruo não respondeu.
Será mesmo coincidência?
Wu Weixue claramente os estava seguindo de propósito. O que o surpreendia era que ela tivesse sido libertada tão rápido. Wu Chenzi não teve coragem de puni-la severamente.
— Mestre Wu Ruo, esse no seu colo é o filho do Mestre Xuanyi? Senhora, venha ver. Ele se parece muito com o Mestre Xuanyi! — Zhitao correu para avisar Wu Weixue dentro da carruagem.
Weixue espiou pela janela e perguntou num tom curioso:
— Xuanyi está levando seu filho ao Festival dos Quatro Clãs?
No momento em que viu o menino, ficou atônita com a semelhança entre pai e filho.
Num primeiro momento, Wu Weixue ficou feliz por finalmente ver o menino. Mas logo foi consumida pelo ciúmes da mulher que dera à luz uma criança idêntica a Hei Xuanyi.
— Com quem você está falando? — Wu Xi lançou um olhar para fora e voltou a se sentar, irritada, ao reconhecer Wu Weixue.
— Quem é? — perguntou Guan Tong.
Quando Wu Ruo se preparava para responder, alguém zombou:
— Senhorita Wu, que impressionante, vindo ao Festival dos Quatro Clãs depois de desfigurar o rosto da própria sobrinha!
— Mentira! Minha senhora jamais faria tal coisa! — Zhitao a defendeu.
— A capital inteira sabe. Não adianta negar. Ei, garotinho! Você é lindo. Mas cuidado com aquela dama. Ela pode acabar com sua beleza também.
A pessoa continuou, vendo outra moça na carruagem de Wu Weixue:
— Quem estiver com a senhorita Wu, é bom tomar cuidado. Se ela se irritar, pode usar a gota da desfiguração em vocês também.
Eram damas de outras famílias importantes que acompanhavam Wu Weixue, convidadas por Wu Chenzi. Todas empalideceram ao ouvir aquilo.
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Depois que Wu Ruo morreu, ele renasceu naqueles dias sombrios em que era o mais inútil e o mais gordo — justamente a versão de si mesmo que mais odiava.
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