Capítulo 141: Cuidado! Ele é um mentiroso!
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— Então são vocês dois, seus bastardos — rosnou Jing Lun, lançando o elixir espiritual magnífico em direção à entrada. — Gui San, leve o elixir!
— Sim, senhor! — respondeu um fantasma que apareceu na entrada, apanhou os elixires no ar e desapareceu logo em seguida.
Hei Xuanyi lançou um olhar gelado. Cortou o dedo indicador com a unha do polegar, fazendo surgir uma gota de sangue, e então lançou essa gota contra as costas de Gui San.
Boom!
Gui San foi despedaçado no ar, e os elixires magníficos caíram de suas mãos. Imediatamente, outro fantasma, escondido de forma invisível num canto, apareceu, pegou o elixir e fugiu.
Os guardas o capturaram logo em seguida.
Jing Lun, ciente de que não era páreo para Hei Xuanyi, cessou os ataques. Recuou para junto de seus companheiros e lançou uma técnica secreta. Do subsolo, invocou centenas de esqueletos para combater os soldados. Em seguida, arremessou uma bomba contra Hei Xuanyi e o Supervisor Lu.
Kaboom!
A explosão encheu toda a casa de leilões com fumaça branca.
— Vamos embora! — gritou Jing Lun.
Hei Xuanyi foi rápido o suficiente para agarrar o braço de Jing Lun e o lançou com força no chão. O impacto foi tão forte que Jing Lun mal conseguia se levantar, enquanto os outros fugitivos aproveitavam para escapar.
Assim que o perigo passou, Wu Ruo correu até Hei Xuanyi.
— Você está bem?
No momento em que Jing Lun ouviu a voz de Wu Ruo, forçou os olhos a se abrirem, fitou Wu Ruo e apontou para Hei Xuanyi:
— Cuidado… ele é um mentiroso!
Hei Xuanyi estreitou os olhos e, sem hesitar, lançou um ataque que explodiu a cabeça de Jing Lun. De repente, massa encefálica, sangue, carne e ossos espirraram por todos os lados — inclusive nas roupas de Wu Ruo e dos demais.
Wu Ruo ficou paralisado, encarando o corpo decapitado.
O que ele quis dizer com aquilo?
Assim que Jing Lun morreu, os esqueletos que havia invocado desmoronaram numa pilha de ossos apodrecidos.
— Está tudo bem, cunhado? — perguntou Hei Xuantang. — Ficou com medo?
— Não — respondeu Wu Ruo, virando o chapéu com véu para evitar o lado sujo e colocando a parte limpa na frente. — Ainda bem que tenho esse véu para proteger do sangue.
— Quem está causando confusão no meu território? — uma voz grossa soou na entrada.
A multidão se agitou, surpresa.
— É o dono do mercado negro!
— O dono do mercado negro está aqui!
— É a primeira vez que o vejo pessoalmente…
Wu Ruo e Hei Xuanyi olharam na direção da entrada. Lá estava um homem coberto por uma capa negra, usando uma máscara horrenda. Atrás dele, uma guarda pessoal o acompanhava.
Wu Ruo ficou extremamente surpreso. Aquele “Dono do Mercado Negro” usava exatamente a mesma roupa da figura misteriosa que o ajudara a renascer. Até a voz era idêntica.
Ele perguntou em voz baixa:
— Sério… você tem certeza de que não o conhece?
— Não, não conheço — afirmou Hei Xuanyi com total convicção.
Wu Ruo ficou confuso.
Aquilo era estranho demais.
Hei Xuanyi claramente havia conhecido aquele homem em sua vida passada… mas isso tinha acontecido treze anos depois. Talvez os dois só fossem se encontrar mais adiante no tempo.
O Supervisor Lu se adiantou e relatou ao dono do mercado negro o que havia ocorrido.
O homem não se irritou. Apenas perguntou com calma:
— Está me dizendo que alguém roubou meus elixires espirituais magníficos?
— Sim.
O dono do mercado negro estreitou os olhos, observando os corpos e ossos espalhados pelo chão. Caminhou até Jing Lun e pisou sobre o cadáver. Fitou os olhos de Hei Xuanyi, mesmo com o véu negro entre eles, por um longo tempo. Depois encarou Hei Xuantang por alguns segundos… e por fim olhou para Wu Ruo.
Seu olhar era tão penetrante que parecia atravessar o véu como se ele nem existisse. Seus olhos miravam diretamente os de Wu Ruo.
Wu Ruo sentiu o coração se apertar sob aquele olhar. Instintivamente, prendeu a respiração. E, no fundo, se perguntou se o dono do mercado negro havia percebido que ele absorvera o poder espiritual de Jing Lun.
Momentos antes, após a morte de Jing Lun, Wu Ruo aproveitara a brecha para absorver o poder espiritual que se libertava. Seria um desperdício deixar aquilo escapar.
Jing Lun havia roubado o elixir espiritual magnífico — absorver sua energia era uma forma de punição justa.
E foi exatamente por isso que Wu Ruo sentiu seu poder espiritual crescer o suficiente para alcançar um novo nível.
O dono do mercado negro se virou e ordenou ao Supervisor Lu:
— Prendam todos os envolvidos na confusão!
— Sim, senhor! — os guardas imediatamente cercaram Wu Ruo e os outros.
— Nós não causamos confusão! Por que estão nos prendendo? — protestou Hei Xuantang.
— Quando descobrirmos a verdade e provarem sua inocência, serão liberados — respondeu um dos guardas.
— Papai! — gritou Eggie, que Hei Xuantang havia deixado no chão. O menino correu e agarrou a perna de Wu Ruo.
O rosto de Wu Ruo se contorceu um pouco.
Por que aquele filho tolo tinha que se aproximar bem agora?
O dono do mercado negro agarrou Eggie pela gola e o ergueu, examinando-o com os olhos semicerrados.
— Você é um homem mau! Me solta! — gritou Eggie, dando um chute no rosto mascarado do dono do mercado negro.
Todos os presentes ficaram preocupados com a criança.
— Isso é seu filho? — perguntou o dono do mercado negro, sem parecer se importar com o chute do garotinho.
— Sim. Por favor, solte-o — pediu Wu Ruo.
O dono do mercado negro bufou e se afastou, levando Eggie nas mãos.
— Papai! Papai! — Eggie chamou por Wu Ruo, pedindo ajuda.
Wu Ruo correu para alcançá-los, mas foi contido por Hei Xuanyi.
— Não se preocupe. Ele não vai machucar o Eggie.
Wu Ruo assentiu com a cabeça, resignado, e seguiu com os guardas.
— Irmão… — gritou Wu Xi com ansiedade ao verem levarem Wu Ruo.
— Senhorita Wu Xi, não se preocupe. Eles não mataram os guardas. O dono do mercado negro não fará mal a eles — tranquilizou Hei Gan.
— Quando ele vai libertá-los? — perguntou Wu Xi.
O ancião que havia falado com Wu Ruo anteriormente respondeu:
— Todos nós podemos testemunhar que seu irmão não matou guarda nenhum. Eles devem ser libertados em um ou dois dias.
— Obrigada pela informação — disse Wu Xi a Hei Gan. — O que devemos fazer?
— Nosso ingresso só permite que fiquemos aqui até o anoitecer. É melhor encontrarmos Numu na entrada e partirmos hoje mesmo. Amanhã, compramos outro ingresso para falar com eles novamente — sugeriu Hei Gan.
Wu Xi hesitou, mas por fim assentiu.
Wu Ruo e Hei Xuanyi foram levados até o local onde o dono do mercado negro se hospedava. Os guardas tiraram seus chapéus com véu e os separaram, conduzindo-os a locais distintos.
Wu Ruo foi levado a um jardim cheio de flores e plantas, onde foi trancado dentro de uma grande jaula de ferro no meio do jardim. O material da jaula era especial.
No instante em que suas pontas dos dedos tocaram o metal, sentiu uma frieza entorpecente, como se tivesse sido lançado numa caverna de gelo. Seu corpo inteiro tremeu de frio.
Os guardas partiram após trancá-lo, e ninguém apareceu para perguntar nada até o horário do jantar. Um guarda entrou trazendo uma grande caixa de comida.
Dentro dela havia diversos pratos — frango, pato e peixe cozido no vapor, além de costelas e uma sopa ensopada. Era uma refeição requintada, digna de convidados nobres.
Wu Ruo tocou o molho de cada prato com os palitinhos antes de comer, para se certificar de que não havia veneno.
Quando já havia comido o suficiente, o guarda levou a caixa de volta e saiu.
A noite caiu e os lampiões do jardim foram acesos, iluminando todo o pátio. Wu Ruo começou a sentir que estava sendo observado desde então.
Olhou em volta, mas não viu ninguém. A sensação persistiu até a meia-noite.
Na manhã seguinte, o dono do mercado negro apareceu diante de Wu Ruo.
De pé, com as mãos para trás diante da jaula de ferro, ficou observando Wu Ruo por um longo tempo, até que este se sentiu incomodado e acabou perguntando:
— Então seu nome é Wu Ruo?
Wu Ruo presumiu que ele tivesse ouvido o nome por meio de Hei Xuanyi. Assentiu:
— Como estão meu filho e meu marido?
— Seu filho comeu ontem à noite cinco pratos de barbatana de tubarão, três de ninho de andorinha, dois de galinha d’angola, três de pintassilgo assado e meio cordeiro inteiro. Você acha que ele está mal?
Enquanto falava, o dono do mercado negro praticamente cerrava os dentes.
— … — Wu Ruo se sentiu culpado. — Ele normalmente não come tanto. Deve estar passando por uma fase de crescimento acelerado…
O homem bufou e abriu a jaula, libertando Wu Ruo.
— Se me disser como aquele homem cuja cabeça explodiu conseguiu invocar os esqueletos, deixo você ir.
— Eu não conheço as habilidades dele. Como poderia saber como ele fez aquilo? — explicou Wu Ruo.
Ele podia perceber que Hei Xuanyi sabia, e que poderia demonstrar. Mas receava que o dono do mercado negro desconfiasse de uma ligação entre Hei Xuanyi e Jing Lun, então preferiu não comentar.
— Pode dizer o que pensa. Só quero saber se você e seu marido vão dar a mesma explicação.
— Tudo bem.
Wu Ruo repetiu o que havia acontecido no dia anterior, detalhando tudo o que lembrava. O dono do mercado negro pediu que ele repetisse diversas vezes a parte em que Jing Lun invocava os esqueletos.
— Nunca vi um cultivador capaz de invocar esqueletos e manipulá-los como soldados. Repita o que ele fez. Quero ver com clareza.
— Está bem… foi assim… — Wu Ruo repetiu mais uma vez.
— Ainda não vi direito. Por favor, faça de novo — pediu o dono do mercado negro.
Wu Ruo lançou um olhar duro. Já era a décima vez que repetia. De que adiantava observar uma habilidade secreta? Os níveis espirituais deles eram diferentes — ele mesmo não tinha como executar aquilo.
Mas… aquele era o dono do mercado negro. Wu Ruo teve que obedecer.
Repetiu mais uma vez, mas o homem nem sequer olhou.
— De novo.
Wu Ruo repetiu.
— Ainda não vi com clareza. Mais uma vez.
Wu Ruo repetiu de novo.
— …
— Ainda não está claro o suficiente.
Wu Ruo já havia repetido cinquenta e sete vezes.
Cerrou os dentes com força.
Ele estava fazendo Wu Ruo repetir de propósito, vez após vez, só para extravasar a raiva por Eggie ter comido tanta comida cara.
— Esta é a última vez — disse Wu Ruo, tentando conter seu temperamento.
Ele tentou lembrar a cena em câmera lenta feita por Hei Xuanyi e os movimentos semelhantes que Jing Lun tinha usado antes de absorver o poder espiritual — os gestos eram muito parecidos. Por isso, supôs que ambos haviam usado a mesma técnica.
— Não adianta, por mais que tente — disse o dono do mercado negro, olhando para ele. — Acho que você não quer mesmo sair daqui.
Wu Ruo sentiu vontade de estrangulá-lo.
— O que te faz pensar isso?
— Eu te pedi para repetir como aquele homem fez aquilo. Mas você só repetiu os movimentos. Não usou poder espiritual nenhum. Por isso, cada vez que repetia, os gestos saíam diferentes — zombou o homem. — Não me diga que não tem poder espiritual. Mesmo que esteja usando um bracelete para esconder isso, ainda posso sentir o poder correndo pelo seu corpo.
— … — Wu Ruo ficou em silêncio.
Aquele homem era realmente poderoso. Nem mesmo Wu Chenzi havia conseguido perceber o poder espiritual nele, mas o dono do mercado negro tinha notado.
— Vai ter uma última chance. Se não fizer direito, vai passar o resto da vida aqui — disse ele, com firmeza.
— Muito bem. Então é melhor que preste bastante atenção. Só vou fazer isso uma última vez. E espero que não seja grosseiro comigo, ou não vou facilitar para você — respondeu Wu Ruo, respirando fundo.
— Ótimo. Estou curioso para ver o que vai fazer.
Wu Ruo repetiu os movimentos mais uma vez — mas dessa vez aplicando poder espiritual, como Hei Xuanyi havia feito.
O dono do mercado negro observava atentamente cada gesto.
No último movimento, o poder espiritual disparou como uma adaga afiada em direção ao chão.
De repente, o solo começou a tremer violentamente.
Wu Ruo ficou espantado. Olhou ao redor e viu o chão se abrir — de lá saíam incontáveis esqueletos brancos, quase quinhentos.
Alguns vieram das celas subterrâneas. Hei Xuantang, que estava preso em uma delas, ficou tão assustado com os ossos brancos que se agarrou a Hei Xuanyi.
— Que porra é essa! Tô apavorado! Eles são tão grandes que pensei que fossem monstros!
Hei Xuanyi apenas semicerrava os olhos.
— Quem tá usando a Técnica do Osso Branco? — Hei Xuantang perguntou. — Irmão, pode ser o Xiujun?
— É improvável — disse Hei Xuanyi, com calma. — Não sinto nenhuma intenção agressiva. E os esqueletos não estão nos atacando. Olhe para eles… obviamente não sabem o que estão fazendo. Deve ter sido outra pessoa que os convocou.
— Mas quem?
— Não sei.
Wu Ruo — a pessoa sobre quem eles falavam — ficou em choque diante dos esqueletos pulando à sua frente.
— Mas o quê…?
Era possível que ele mesmo tivesse invocado aqueles esqueletos?
— Então você está com aqueles que roubaram meus magníficos elixires espirituais — disse o dono do mercado negro, com frieza.
— … — Wu Ruo ficou sem palavras.
O homem o empurrou de volta para dentro da jaula.
— Agora você vai ficar aqui pelo resto da sua vida.
Wu Ruo olhou para as próprias mãos, incrédulo. Como era possível que tivesse conseguido invocar esqueletos? Ele não era do mesmo clã de Hei Xuanyi… Será que realmente tinha feito aquilo?
Olhou para o dono do mercado negro, que estava trancando a jaula, e falou com seriedade:
— Estamos dispostos a pagar trinta milhões de taéis de prata pelo magnífico elixir espiritual. Ainda acha que somos do mesmo grupo que o roubou? Mesmo que fôssemos, por que mataríamos o homem que os roubou? Use o cérebro e pense melhor nisso.
O dono do mercado negro fechou a jaula e respondeu:
— Se não devolverem o magnífico elixir espiritual… vou vender o seu filho.
— Tente, se for homem! — gritou Wu Ruo, agarrando as grades e encarando o homem com fúria. — Se você ousar encostar um dedo no meu filho, vai morrer.
O dono do mercado negro olhou para as mãos de Wu Ruo presas à jaula.
— Antes de eu morrer… tem certeza de que suas mãos vão continuar bem?
Wu Ruo recuou de repente. As mãos estavam congeladas e geladas.
O dono do mercado negro bufou e foi embora com a chave na mão.
— Maldito! — rosnou Wu Ruo, que raramente xingava. Ele deu um forte chute na jaula de ferro.
Nos dois dias seguintes, os guardas continuaram trazendo comida, mas o dono do mercado negro não apareceu mais.
Quando Wu Ruo estava tentando pensar em um jeito de escapar da jaula, o guarda apareceu, abriu a porta e disse:
— Pode ir embora agora.
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Capítulo 141: Cuidado! Ele é um mentiroso!
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Depois que Wu Ruo morreu, ele renasceu naqueles dias sombrios em que era o mais inútil e o mais gordo — justamente a versão de si mesmo que mais odiava.
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