Capítulo 205: Suplique por piedade
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A mãe de Baofu teve o pulso agarrado antes que o chicote acertasse Wu Ruo.
Todos ao redor ficaram surpresos ao ver o homem parado atrás dela. A criada levantou a lanterna para enxergar melhor.
Ele tinha olhos negros, brilhantes e afiados. Era extremamente bonito — ainda mais com aquele rosto encantador e um ar imponente. Como um leopardo, exalava perigo.
O coração de Wu Ruo afundou.
“Não percebi quando ele se aproximou… Isso só pode significar que ele está no nível nove ou possui armas mágicas de alto nível para esconder o poder espiritual.”
A criada se encolheu, claramente ciente de que aquele homem não era alguém com quem pudessem se meter.
A mãe de Baofu teve a mesma reação e gaguejou:
— Q-quem é você…?
O homem os olhou um a um até que seus olhos pousaram em Wu Ruo, que estava vestido de forma diferente.
A vovó fantasma, instintivamente, protegeu Wu Ruo, ficando em guarda contra o estranho.
Logo em seguida, um homem alto e magro se aproximou e olhou para Wu Ruo:
— Quem é ele? Não se veste como alguém do décimo oitavo andar.
Ninguém respondeu.
Com um simples movimento, o homem bonito quebrou o pulso da mãe de Baofu.
A dor foi tão intensa que ela quase desmaiou.
— Por favor, perdoe a minha vida, eu imploro! — suplicou a mãe de Baofu.
— O nome dele é You Panyang, filho da vovó fantasma — explicou a criada.
— Seu sobrenome é You? — perguntou o homem bonito.
— Quem é a vovó fantasma? — perguntou o homem alto e magro.
A criada apontou para a vovó fantasma, que estava ao lado de Wu Ruo.
O homem alto e magro zombou, com um tom sarcástico:
— A mãe veste trapos e o filho, seda de luxo. Que bom filho, hein? Ele é mesmo filho da vovó fantasma?
— É sim — reforçou a criada. — Todo mundo na vila sabe disso. Pode perguntar por aí.
“…” Wu Ruo.
“Será que pareço tanto assim com o filho da vovó fantasma? Por que todos me confundem com esse tal de You Panyang?”
Mas, olhando pelo lado bom, ninguém parecia saber quem ele era de verdade.
O homem bonito empurrou friamente a mãe de Baofu:
— Cai fora!
— Sim, sim! — a criada a ajudou a sair cambaleando.
— Obrigado pela ajuda! — agradeceu Wu Ruo.
— Que tipo de filho você é? Vestido feito um príncipe enquanto sua mãe anda feita mendiga — resmungou o homem alto e magro.
Wu Ruo ficou envergonhado, mas não retrucou.
O homem bonito olhou para Wu Ruo e para a luz branca vinda da sala. Então, se virou e caminhou até a entrada do corredor.
Um homem montado numa besta demoníaca veio até ele e perguntou:
— Teve sorte, meu Senhor?
— Ainda não — respondeu o homem, montando na besta demoníaca líder.
— Devemos continuar a busca.
— Sim.
O homem bonito e o alto e magro montaram em suas bestas demoníacas e partiram com os demais.
A vovó fantasma rapidamente puxou Wu Ruo de volta para o quarto e fechou a porta.
— Vovó, a senhora está bem? — Eggie se aproximou e perguntou.
A vovó fantasma acenou com as mãos, sinalizando para Wu Ruo apagar a luz da arma mágica.
Ela correu até o armário, de onde tirou roupas e alimentos secos que havia guardado. Em seguida, foi até a cozinha buscar as roupas secas que Wu Ruo costumava usar antes.
De volta ao quarto, ela embrulhou tudo em uma pequena bolsa. Com uma tocha na mão, agarrou Wu Ruo e Eggie e os puxou consigo.
Wu Ruo, segurando Eggie nos braços, perguntou:
— Vovó fantasma, pra onde estamos indo?
A vovó fantasma não disse uma palavra. Arrastando Wu Ruo atrás de si, correu pelos corredores, fazendo várias voltas até parar em uma esquina. Ela espiou.
Wu Ruo também. Na diagonal à frente deles havia o portão de uma mansão grande, iluminada por luzes intensas. Dois leões de pedra guardavam a entrada, e pessoas faziam fila para entregar dinheiro ao governo.
Foi nesse momento que Baofu chegou, seguido por um grupo de guardas do governo. Ele gritou para os porteiros:
— Vocês todos! Vigiem bem esse portão! Não deixem a vovó fantasma, o filho dela ou quem quer que tenha machucado minha mãe passar pela formação de transporte!
— Sim, senhor!
Baofu avançou furioso na direção onde Wu Ruo estava escondido.
Imediatamente, a vovó fantasma puxou Wu Ruo para o lado oposto.
“Ela tá fugindo porque tem medo de que Baofu venha nos causar problemas” — pensou Wu Ruo.
A vovó fantasma levou Wu Ruo e Eggie correndo de um lado para o outro até chegarem à entrada da vila.
Lá, pararam diante de uma carruagem puxada por besta para viagens longas, e ela empurrou Wu Ruo e Eggie para dentro.
O cocheiro zombou ao reconhecê-la:
— Ora, ora… vovó fantasma, é você. Mas sabe que ir da nossa cidade até a Cidade de Zhongzhen custa 1.500 taéis de bronze, né? Tem certeza de que pode pagar?
A vovó fantasma entregou a ele uma corrente com moedas de bronze.
— Faltam quinhentos — disse o cocheiro.
— Er… Er… Er… — a vovó fantasma implorou, esperando que ele permitisse pagar depois.
— Vovó fantasma, sabe que eu não faço fiado. Ou paga, ou dá o fora. Mas não atrapalhe meus negócios — respondeu ele, impaciente, empurrando-a.
Wu Ruo segurou o braço da vovó fantasma e a ajudou a se firmar. Tirou um pequeno lingote de prata e gritou para o cocheiro:
— Aqui tem dez taéis de prata. Dá pra cobrir nós três?
Os olhos do cocheiro brilharam ao ver tanto dinheiro. Só então notou que os acompanhantes da vovó estavam vestidos com roupas luxuosas. Ele assentiu e estava prestes a pegar a prata:
— Dá sim, dá sim!
Wu Ruo zombou, tirou a prata da mão dele e disse:
— Mas eu não quero mais andar na sua carruagem.
Segurando Eggie com um braço e puxando a vovó fantasma com o outro, foi até uma carruagem de besta maior e melhor. Virou-se para o novo cocheiro e perguntou:
— Quanto você cobra pra ir até a Cidade de Zhongzhen?
Sabendo que Wu Ruo tinha dinheiro, o cocheiro respondeu honestamente:
— Minha carruagem é bem maior, muito mais confortável e mais rápida que as outras. Por isso, cobro mais.
Duas correntes de moedas de bronze por vocês três. Se forem até a Cidade de Lue, são cinco.
Wu Ruo lançou um olhar frio ao primeiro cocheiro e entregou a prata ao cocheiro do grande veículo:
— Vá para a Cidade de Lue. Pode ficar com o troco.
O cocheiro sorriu, surpreso com tamanha generosidade:
— Obrigado! Muito obrigado!
O primeiro cocheiro ficou cheio de inveja e se arrependeu profundamente do que havia dito.
Assim que deixaram a pequena cidade para trás, Wu Ruo pegou um frasco de remédio e aplicou na vovó fantasma.
Ela não conseguiu conter as emoções — o abraçou e chorou alto. Wu Ruo havia sido tão gentil com ela.
— Não chore. Isso faz mal à sua saúde.
Embora Wu Ruo não tivesse ficado muito tempo naquela cidade, percebeu que todos desprezavam a vovó fantasma. Sentia pena dela.
“Quando chegarmos ao centro da cidade, vou garantir que ela fique bem antes de partir. Afinal, ela salvou minha vida e a do Eggie.”
O cocheiro não conseguiu evitar um comentário ao ouvir os soluços dela:
— A vida dela nesta cidade é triste. É bom que esteja indo embora.
Wu Ruo deu tapinhas reconfortantes nas costas da vovó fantasma. Quando ela adormeceu, perguntou ao cocheiro:
— Você sabe onde fica o portão para sair do Reino da Alma Morta?
O cocheiro olhou para ele, mas não conseguiu ver claramente o rosto de Wu Ruo por causa da luz fraca.
— Você é de outro país?
Wu Ruo não respondeu.
Como forma de agradecimento por ter recebido mais do que o valor da passagem, o cocheiro o alertou gentilmente:
— É melhor ter muito cuidado. Não revele sua verdadeira identidade. Caso contrário, podem capturá-lo e trocar sua alma por outro corpo.
— Por que trocariam minha alma por outro corpo? — perguntou Wu Ruo.
— Me desculpe, mas não posso dizer. Se quiser deixar o Reino da Alma Morta, só pode fazer isso a partir da terra do primeiro andar.
— “Terra?” — Wu Ruo franziu a testa. — Mas eu vim debaixo do mar.
— Debaixo do mar? — o cocheiro ficou surpreso e disse: — Nunca ouvi falar de algo assim antes. Talvez esteja além do meu conhecimento.
Quando chegar à Cidade de Lue, pode tentar perguntar por lá. Mas lembre-se: não deixe que te peguem.
— Tudo bem. Obrigado pelo aviso! — Wu Ruo pensou por um momento e perguntou: — Em que andar estamos agora?
— Estamos no décimo oitavo andar, o mais inferior do Reino da Alma Morta. Há cinquenta e seis vilarejos e nove grandes cidades neste andar. Se quiser subir até o sétimo, precisa usar a formação de transporte.
— Existe uma formação de transporte nesta cidade? — perguntou Wu Ruo.
Baofu havia mencionado isso instantes atrás.
— Na verdade, sim. Mas essa formação só transporta pessoas para outros vilarejos ou cidades deste mesmo andar, e custa muito mais caro do que os carruagens de besta.
— Seu carruagem de besta é bem rápido. Quanto tempo leva até a Cidade de Lue?
— Aproximadamente quatro horas.
Quatro horas não era tanto assim. Wu Ruo desistiu da ideia de parar no caminho para usar a formação de transporte.
— Aqui não tem sol nem lua. Como sabem quando é amanhecer ou noite?
— O vigia anuncia a hora a cada duas horas.
Assim que o cocheiro terminou de falar, algo retumbou atrás deles.
Ele puxou o carruagem para fora da estrada.
— O que foi? — Wu Ruo olhou para trás.
— Estou dando passagem para as pessoas que vêm atrás.
Logo passou um esquadrão montado em bestas monstruosas.
Wu Ruo os observou e reconheceu que o líder era o homem bonito que havia os ajudado uma vez.
O homem também viu Wu Ruo e não conseguiu evitar olhar para ele por mais tempo — afinal, o encontrara duas vezes em tão pouco tempo, e as vestes de Wu Ruo chamavam bastante atenção.
O esquadrão praticamente passou voando, e o homem alto e magro que vinha na parte de trás resmungou para Wu Ruo. Ele deu um forte golpe na traseira da besta demoníaca. A criatura soltou um pum bem na direção de Wu Ruo.
Wu Ruo prendeu a respiração.
— Fede! Está cheirando muito mal! — Eggie tapou o nariz e disse: — É um pum mais fedido que o meu. Papai, acho que vou desmaiar. Me segura!
“…” Wu Ruo o segurou nos braços.
O esquadrão não conseguiu conter as gargalhadas com a brincadeira de Eggie.
Os lábios do homem bonito se curvaram levemente num sorriso — algo raro de se ver.
O homem alto e magro fez um sinal de positivo para Wu Ruo… e logo virou o polegar para baixo, indicando que o desprezava.
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Capítulo 205: Suplique por piedade
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Depois que Wu Ruo morreu, ele renasceu naqueles dias sombrios em que era o mais inútil e o mais gordo — justamente a versão de si mesmo que mais odiava.
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