Capítulo 220: A história da vida passada (6)
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— O segundo filho tinha o poder dos ocultos? — perguntou Wu Ruo.
— O segundo filho não só não tinha o poder dos ocultos, como também não tinha poder espiritual — Hei Xuanyi balançou a cabeça.
— Por que isso? É porque a santa teve filhos com um forasteiro? O poder se perdeu?
— Foi o que pensamos no começo. Mas era impossível, porque o terceiro filho tinha poder espiritual. Então, tinha que haver algo errado com o segundo filho. Observamos o menino em segredo.
— O que aconteceu?
— Havia algo errado com o menino.
— Ele tinha o poder dos ocultos?
— Sim.
— E o que aconteceu com o terceiro filho? Ele tem poder?
— Não.
Wu Ruo ficou confusa e disse:
— Já se passaram vinte anos. O segundo filho já é adulto. Se não enviarem um membro da realeza para se aproximar dele, o que acontece se o menino se apaixonar por outra pessoa? Vão esperar pela próxima geração? Quem da família vão mandar?
— O que você acha da ideia de nos aproximarmos do segundo filho com um propósito? Você odiaria isso? — perguntou Hei Xuanyi.
Wu Ruo pensou e respondeu:
— Não é uma boa ideia. Mas seu objetivo é fazer com que ele se apaixone por alguém do Reino da Alma Morta, não obrigá-lo a casar. Se ele não puder se apaixonar por alguém do seu povo ou gostar de outra pessoa, vocês têm que desistir. Assim, não o machucam.
No lado positivo, seria melhor se os dois se amassem. Tomara que ele se apaixone por alguém do seu povo. Acredito que isso ajudaria seu país a eliminar a maldição. Mas antes que se conheçam, seu representante deve ser quem ame primeiro o segundo filho. Isso seria melhor para ele.
Hei Xuanyi ficou em silêncio, olhando nos olhos de Wu Ruo.
— Por que está me olhando assim?
A pele de Wu Ruo arrependeu com o olhar de Hei Xuanyi. Ela disse irritada:
— Você foi enviado para conhecer esse menino?
Hei Xuanyi segurou suas mãos com força, mas ainda não falou nada.
Wu Ruo ficou confusa:
— Mas você já gosta de alguém. Não faria sentido te enviar para conhecer o menino.
Hei Xuanyi suspirou e a abraçou.
Wu Ruo o empurrou e disse:
— Conte toda a história. O que aconteceu depois? Você enviou alguém para conhecer o menino?
Hei Xuanyi a abraçou forte e ficou em silêncio.
Eggie os observava abraçados e bocejou. Era uma história muito complicada para ele. Adormeceu nos braços de Wu Ruo.
A resposta de Hei Xuanyi foi estranha demais. Wu Ruo passou a história toda na cabeça e percebeu que a santa viveu a mesma vida que sua mãe.
Ela foi expulsa do clã materno e teve três filhos. Se o Reino da Alma Morta estava desesperado para eliminar a maldição, já teriam enviado alguém para conhecer o segundo filho e talvez agora estivessem vendo algum progresso.
Depois de pensar muito, ela finalmente entendeu tudo. Empurrou Hei Xuanyi e perguntou irritada, com os olhos marejados e vermelhos:
— Eu sou o segundo filho?
Hei Xuanyi conseguiu assentir, olhando para seu rosto furioso.
Wu Ruo estava indignada por ter sido enganada:
— Você…
Isso explicava por que um homem tão perfeito se casaria com ele, um homem gordo. Era um plano. Finalmente, encontrou a resposta para a pergunta que o incomodava o tempo todo.
Sua mãe não tratava Hei Xuanyi bem talvez porque já sabia a verdade.
Eggie acordou com a raiva. Perguntou com os olhos ainda meio abertos:
— Papai, o que está acontecendo?
Wu Ruo tentou conter a raiva, para não incomodar Eggie. Acariciou as costas dele e disse:
— Nada. Volte a dormir.
Eggie estava com muito sono. Rapidinho voltou a dormir.
Wu Ruo olhou para Hei Xuanyi e rosnou baixinho:
— Sai!
— Ruo… — Hei Xuanyi segurou suas mãos, mas Wu Ruo o empurrou.
— Tenho que te mandar embora?
Hei Xuanyi abaixou a cabeça, pronto para levar um pé:
— Se você conseguir parar de ficar com raiva de mim, pode me bater o quanto quiser.
— Você acha que é tão fácil te perdoar? Vai sair ou não? Se não sair, eu que vou — disse Wu Ruo.
Hei Xuanyi o segurou e falou:
— Eu vou.
Ele temia que Wu Ruo não voltasse se ele saísse.
Hei Xuanyi calçou os sapatos e foi até a porta:
— Ruo, não nego que me aproximei de você com um propósito, mas eu te amo de verdade. Se eu não amasse, ninguém me obrigaria a fazer algo que odeio.
Wu Ruo não respondeu.
Hei Xuanyi abriu a porta e saiu.
Hei Xin perguntou enquanto Hei Xuanyi deixava o quarto:
— Ela te perdoou?
— Eu contei sobre a maldição — disse Hei Xuanyi com voz rouca.
Hei Xin ficou surpreso, mas depois suspirou:
— Ela tem o direito de saber. Não faz bem pra nenhum dos dois você esconder um segredo tão grande. Ela deve estar muito brava agora.
Mas você não pode culpá-la por isso. Queríamos algo a mais para chegar até ela no começo. O problema é: quando ela vai te perdoar?
— O Senhor vai perdoar algum dia? — Hei Gan estava preocupado.
— Vai — Hei Xin foi otimista — Enquanto ela amar o Senhor, vai perdoar. Mesmo que tenhamos nos aproximado com um propósito, o Senhor a ama de todo coração. Não temos outra escolha. Ela vai perdoar, só precisa de tempo para pensar.
— Senhor, vamos voltar agora? — perguntou Hei Gan.
— Não — Hei Xuanyi disse, olhando para a porta — Vou esperar aqui até ela me perdoar.
Dentro do quarto, o corpo de Wu Ruo tremia de raiva extrema. Para não acordar o filho, ela gritava mentalmente muito alto contra os ancestrais do Reino da Alma Morta. E ria de si mesma.
Antes de perceber que era o segundo filho, ela se preocupava com o Reino da Alma Morta e desejava poder enviar alguém para conhecer o segundo filho antes, para que pudessem eliminar a maldição.
Até pensava que, de qualquer jeito, não faria mal ao segundo filho.
Mas depois de saber que era o segundo filho, não conseguiu se acalmar. Estava cheia de raiva, choque e tristeza. Duvidava que Hei Xuanyi a amasse de verdade.
— Os homens são egoístas.
Wu Ruo ainda não conseguia se acalmar.
Nessa condição, não conseguiria dormir, mas, surpreendentemente, estava com muito sono. Depois perdeu a consciência. Logo abriu os olhos e Hei Xuanyi apareceu diante dela.
Wu Ruo ficou confusa e disse irritada:
— Eu te disse para ir embora. Por que voltou?
Hei Xuanyi ficou parado, com a cabeça baixa, como se não a ouvisse. Estava tão triste e dolorido. De perto, tremia, parecia que estava chorando.
— … — o coração de Wu Ruo doía demais. A raiva sumiu — Sei que você está fingindo…
— Hei Xuanyi! — alguém gritou.
Wu Ruo reconheceu a voz. Olhou e viu um homem vestido como dono do mercado negro.
Ela não podia acreditar:
— Dono do mercado negro? O que você está fazendo aqui?
Wu Ruo olhou ao redor e percebeu que estava no quintal da Mansão Hei, no Reino de Tianxing.
O que estava acontecendo?
Ela está sonhando.
— Já o mandei para o passado… — disse o dono do mercado negro.
— Ele voltou para o passado — a voz de Hei Xuanyi estava tão quebrada como se não falasse há anos — Quando ele voltar para o passado, estará com o meu eu passado em pouco tempo.
Mas e ele?
Como poderia viver sem Wu Ruo?
— Espero que isso não volte a acontecer — suspirou o dono do mercado negro, cheio de tristeza no tom.
Passou por Hei Xuanyi e se dirigiu ao pátio onde ficava.
— Senhor — Hei Gan saiu da sombra e abriu a boca para falar, mas acabou dizendo: — Meus pêsames!
Essas quatro palavras desencadearam a ira de Hei Xuanyi. Ele ergueu o olhar, e seus olhos vermelhos assustaram Wu Ruo.
Então Hei Xuanyi emanou energia negra por todo o corpo.
Isso assustou Hei Gan.
— O que está fazendo, Senhor?
Hei Xuanyi não respondeu. Mordeu o dedo da mão direita e desenhou rapidamente uma runa na palma esquerda.
Wu Ruo nunca tinha visto aquela runa antes. Murmurando um feitiço, levantou a mão esquerda e aspirou o ar. No instante seguinte, um vento forte quebrou flores e árvores no pátio.
Hei Xuantang saiu correndo e gritou ansiosamente:
— Irmão!
Algo estranho aconteceu no céu. O vento uivava e sussurrava como se fantasmas estivessem chorando. Risadas macabras e gritos assustadores caíam do céu.
— Ha ha…
— Buá, buá…
— Ji, ji…
O som de arrastar era penetrante, como se alguém estivesse furando os tímpanos com uma flecha.
Foi tão doloroso que Hei Gan e Hei Xuantang tiveram que tampar os ouvidos.
Mas não adiantou muito. Tiveram que selar sua audição com poder espiritual.
Wu Ruo olhou para o céu. Milhares de rostos fantasmagóricos aterrorizantes flutuavam no ar. Gritavam e rugiam loucamente.
Os cidadãos gritavam de dor por causa dos gritos e uivos avassaladores. A capital inteira gemia.
Pouco depois, milhares de fantasmas assustadores e de alto nível dispararam do céu, da terra e das árvores. Seus rostos eram macabros e aterrorizantes, tão cruéis que matariam qualquer humano ou animal que vissem. Comiam seres vivos e até seus ossos. Destruíam plantas, árvores e casas no caminho.
Pareciam com Todos os fantasmas da noite que Wu Ruo tinha visto uma vez, mas muito mais assustadores.
Em menos de dez minutos, toda a área virou cinzas. Humanos corriam desesperadamente para salvar suas vidas. Os cultivadores não conseguiam se defender. Os fantasmas ficaram cada vez mais violentos.
Hei Xuantang e Hei Gan se esconderam atrás de Hei Xuanyi. Era a única forma de manter os fantasmas longe deles.
Wu Ruo estava confusa.
— Será que é o verdadeiro Todos os fantasmas da festa?
Hei Xuanyi abaixou a mão esquerda e caminhou em direção à Família Wu.
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Capítulo 220: A história da vida passada (6)
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Depois que Wu Ruo morreu, ele renasceu naqueles dias sombrios em que era o mais inútil e o mais gordo — justamente a versão de si mesmo que mais odiava.
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